Semana deve terminar com meio milhão de mortos por covid-19
24a. semana epidemiológica termina neste sábado (19) com projeção de ultrapassar os 500 mil mortos pela covid-19, com viés de aceleração.
Publicado 18/06/2021 22:08 | Editado 18/06/2021 22:18
Nesta sexta-feira (18), o Ministério da Saúde informou que o Brasil reportou 2.495 novas mortes causadas pela covid-19 nas últimas 24 horas. Desde o começo da pandemia, houve 498.499 óbitos provocados pela doença em todo o país. Com a média de 2.039 óbitos por dia, neste sábado (19), o total deve ultrapassar meio milhão de mortos durante a pandemia.
Com os números de hoje, o consórcio da imprensa calcula a média móvel de mortes nos últimos 7 dias chegou a 2.039 –voltando a bater a marca de 2 mil pelo terceiro dia seguido. Em comparação à média de 14 dias atrás, a variação foi de +24% e indica tendência de alta nos óbitos decorrentes do vírus.
Pelos números da pasta, houve 98.832 casos confirmados de covid-19 no Brasil entre ontem e hoje. O total de infectados chegou a 17.801.462 desde março de 2020.
A média móvel nos últimos 7 dias foi de 71.565 novos diagnósticos por dia. Isso representa uma variação de 15% em relação aos casos registrados em duas semanas, o que indica tendência de alta nos diagnósticos pela primeira vez após mais de 50 dias.
De acordo com o governo federal, 16.136.968 pessoas se recuperaram da doença até o momento, com outras 1.165.995 em acompanhamento. O Ministério sempre dá destaque a esse número, embora ele tenha pouca importância do ponto de vista epidemiológico. É uma tentativa fracassada de atenuar os impactos da taxa de letalidade da pandemia, dado realmente relevante para cientistas e gestores públicos responderem de forma adequada.
Estados
São 12 os estados que apresentam tendência de alta nas mortes, numa tendência crescente: PR, RR, AP, RJ, PB, CE, SP, MG, RS, MA, GO, RO. Apenas dois estados e o DF estão em desaceleração de mortes: RN, DF, ES. Os estados em estabilidade são doze.
Vacinação: 11,41%
Mais de 86 milhões de doses de vacinas contra a Covid foram aplicadas no Brasil desde o começo da vacinação, em janeiro. Foram registradas 86.031.170 doses de imunizantes aplicadas, somando a primeira e a segunda doses, segundo dados do consórcio de veículos de imprensa, divulgado às 20h desta sexta-feira (18), o que corresponde a 29,21% da população.
A primeira dose foi aplicada em 61.859.364 pessoas, o que corresponde a 29,21% da população do país.
A segunda dose foi aplicada em 24.171.806 de pessoas, o que corresponde a 11,41% da população.
Mortes aumentarão 20% em relação ao início do mês
Segundo informa o mais recente Boletim Epidemiológico Especial Nº. 67 do Ministério da Saúde, a semana epidemiológica 23, compreendida entre os dias 6 e 12 de junho, mostrou que houve alta no número de contaminações e óbitos por covid-19 no Brasil.
O levantamento mostra que 13.741 pessoas que não resistiram à covid-19, enquanto na semana anterior o boletim epidemiológico do Ministério da Saúde trouxe 11.474 óbitos. O número representa um aumento de 20% em relação à semana anterior.
Após um período de estabilidade identificado em semanas anteriores, o levantamento mostra uma retomada do crescimento da curva de óbitos. A média móvel (número total do período dividido pelos sete dias da semana) de mortes na semana epidemiológica 23 ficou em 1.963.
Novos casos de covid-19 aumentaram 7% na semana de 6 a 12 de junho. Neste período, foram registrados 467.393 novos diagnósticos da doença, contra 435.825 na semana anterior. A média móvel de casos ficou em 66.770.
O resultado da semana epidemiológica 23 mostra retomada de crescimento após a queda identificada na semana 21, que compreende os dias 23 a 29 de maio. A queda no número de casos positivos de covid-19 foi iniciada em março, com um revés na semana epidemiológica 13.
Estados
Na semana de 6 a 12 de junho, 16 estados mostraram acréscimo de casos, dois e o Distrito Federal ficaram estáveis e oito tiveram redução. Os crescimentos mais intensos ocorreram no Pará (54%) e Rio Grande do Sul (49%). Já as quedas mais efetivas se deram no Ceará (-38%) e Acre (-16%).
No caso dos novos óbitos, o número de estados com aumento desse índice foi de 17, enquanto três ficaram estáveis e seis mais o DF tiveram menos mortes novas em relação ao balanço da semana anterior. Os maiores incrementos aconteceram em Roraima (75%) e Paraná (65%). As reduções mais efetivas foram registradas no Acre (-26%) e Espírito Santo (-20%)
Mundo
A Índia seguiu no topo de mortes por semana. Lá foram registrados 23.625 novos óbitos. O Brasil mantém a 2ª colocação. Em seguida vêm Argentina (4.208), Colômbia (3.770) e Estados Unidos (2.598). Quando considerados números absolutos, o Brasil segue na 2ª posição, atrás dos Estados Unidos (599.664). Quando consideradas as mortes por 1 milhão de habitantes, o Brasil fica na 7ª colocação.
A Índia também é a campeã em novos casos, tendo 630.650 na semana analisada. O Brasil ocupou a 2ª colocação no ranking de casos, seguido pela Colômbia (177.688), Argentina (172.123) e Estados Unidos (100.202). Na comparação em números absolutos, o Brasil fica na 3ª posição, atrás dos EUA (33,4 milhões) e Índia (29,4 milhões). Na comparação proporcional, por 1 milhão de habitantes, o Brasil ocupa a 17ª posição.
O Boletim Especial Epidemiológico pode ser lido na íntegra no site do Ministério da Saúde.
Com informações da Agência Brasil