Bolsonaro tem dores abdominais, é internado e cancela agenda

Em nota, Secom informou que a hospitalização do presidente ocorreu “por orientação de sua equipe médica”

(Foto: Reprodução)

Com dores abdominais e uma crise de soluço que se arrasta há 13 dias, o presidente Jair Bolsonaro deu entrada no Hospital das Forças Armadas (HFA), em Brasília, na madrugada desta quarta-feira (14) e já realizou uma série de exames. Como segue internado, ele cancelou a agenda de hoje, incluindo a reunião que estava prevista entre o comando dos Poderes Judiciário, Executivo e Legislativo.

O encontro com os presidentes da Câmara Federal, Arthur Lira (PP-AL), do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), e do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux, estava prevista para 11 horas. Era uma tentativa de contornar a nova fissura entre os Poderes provocadas pelas declarações golpistas de Bolsonaro a respeito das eleições 2022. O STF e o Senado, em especial, rechaçaram as fake news do presidente sobre a urna eletrônica.

Em nota, a Secretaria Especial de Comunicação Social (Secom) da Presidência da República informou que a hospitalização de Bolsonaro ocorreu “por orientação de sua equipe médica”. O presidente ficará “sob observação no período de 24 a 48 horas, não necessariamente no hospital”. Conforme a Secom, ele “passa bem”, embora reclamasse publicamente de seu estado de saúde – sobretudo da dificuldade de falar – desde a semana passada.

Em sua última live semanal, na quinta-feira (8), Bolsonaro se referiu à crise de soluços que o perturbava: “Peço desculpas. Estou há uma semana com soluços, talvez eu não consiga me expressar adequadamente nesta live”. O novo problema de saúde coincide com um período de grande desgaste da imagem do presidente, em meio a denúncias de esquemas corrupção na compra de vacinas anti-Covid-19 e ao aumento da rejeição ao governo.

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