“Frente ampla” contra a PEC 32 inclui articulação com Bancada da Bala

Um dos objetivos dos deputados contrários ao projeto é evitar uma ruptura entre as categorias do serviço público

O deputado Professor Israel Batista (PV-DF), presidente da Frente Parlamentar em Defesa do Serviço Público

Uma “frente ampla” foi construída no Congresso para barrar a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 32/2020 – a nefasta reforma administrativa do governo Jair Bolsonaro. Segundo o deputado Professor Israel Batista (PV-DF), presidente da Frente Parlamentar em Defesa do Serviço Público, a articulação entre o grupo e chamada Bancada da Bala na Câmara foi um passo importante na oposição à PEC.

Um dos objetivos dos deputados contrários ao projeto é evitar uma ruptura entre as categorias do serviço público. “Na semana passada, o deputado Capitão Augusto (PL-SP), presidente da Frente de Segurança Pública, apareceu em um café da manhã e, na frente das câmeras, apertou a nossa mão”, disse. A proposta ainda precisa passar por votação no plenário da Câmara.

As declarações foram feitas em entrevista publicada neste domingo pelo jornal Correio Braziliense. Para Professor Israel, o trabalho da frente Parlamentar focou em aliar os servidores que pertencem às carreiras típicas de Estado, como promotores e auditores fiscais, e os integrantes da segurança pública com o restante do funcionalismo público.

Vista pelo deputado como uma “ruptura”, a possibilidade de divergências entre os servidores sobre a PEC poderia enfraquecer a oposição ao projeto. “Teríamos uma elite do serviço público abandonando o servidor público mais numeroso”, afirmou.

“Se a Segurança soltasse a mão dos servidores comuns, a chance de a PEC passar seria muito maior. Atraímos parlamentares da Segurança para a Frente Servir Brasil, criamos interlocução com a bancada da bala e conseguimos trazer associações – PF, Polícia – para dentro do Conselho Curador da Servir Brasil. Funcionou”.

Com informações do Poder360