Polícia investiga execução de escritor de livro sobre morte de Marielle
O jornalista dominicano Leuvis Manoel Olivero, 38 anos, tinha 11 livros publicados, muitos sobre arte de rua. Ele mostrou o grito do graffiti contra Bolsonaro e o assassinato da vereadora Marielle Franco.
Publicado 19/10/2021 13:26
A Delegacia de Homicídios do Rio de Janeiro investiga a morte do escritor e capoeirista dominicano Leuvis Manuel Olivero, 38 anos. Ele foi assassinado em 10 de outubro, quando caminhava em uma rua no bairro da Tijuca, Zona Norte.
Segundo reportagem do G1, as testemunhas contaram aos agentes que os tiros partiram de dentro de um carro. O tiros acertaram cabeça e abdômen do escritor, que morreu antes de os bombeiros chegarem ao local. A polícia ainda investiga a motivação do crime.
Leuvis nasceu na República Dominicana e possuía cidadania norte-americana. Ele vivia no Brasil há quase 10 anos, onde deixou um filho. Atualmente, o escritor morava com uma namorada brasileira.
Leuvis tinha 11 livros publicados sobre a arte do graffiti, associada com questões sociais e políticas. Um deles em homenagem à vereadora Marielle Franco, assassinada em março de 2018. Na publicação, ele apontou a relação da milícia com o assassinato da vereadora e ativista. Outro livro mostra o grito do graffiti contra o avanço do bolsonarismo no Rio de Janeiro.
O corpo do escritor deve ser enterrado nos Estados Unidos, ainda sem data confirmada.
No domingo (17), foi realizado um protesto de amigos, que cobram celeridade nas investigações.
Abaixo, texto de um de seus livros sobre a reação da juventude periférica do Rio Janeiro ao governo Bolsonaro: