Nordeste: comitê recomenda proibição de festas de Réveillon e carnaval
Festividades, segundo entidade, poderiam gerar nova onda de covid-19
Publicado 03/12/2021 19:38

O Comitê Científico do Consórcio Nordeste recomendou nesta sexta-feira (3) a proibição de festas de Réveillon e carnaval na região por conta da variante Ômicron. De acordo com boletim da entidade, as festividades de fim de ano e a folia podem gerar aglomerações que intensificariam a transmissão do vírus e resultariam em uma nova onda de covid-19.
O documento cita o quadro global e nacional atual da pandemia e “incertezas futuras existentes” e recomenda ainda intensificar a vacinação por meio da busca ativa de pessoas que não completaram o esquema vacinal; ampliar o ritmo da imunização por meio de estratégias como carro de som e aplicação das doses nas escolas; e manter o uso obrigatório de máscaras faciais.
O comitê também defende medidas de proteção coletiva como a exigência do chamado passaporte da vacina para entrada em cinemas, teatros, estádios de futebol e outros.
“Essas novas variantes podem não somente ser mais transmissíveis e mais patogênicas como também evadirem da imunidade produzida pelas vacinas. Não por acaso que a identificação recente de uma nova variante na África do Sul, denominada Ômicron, esteja gerando tamanha tensão e expectativas entre políticos, gestores e especialistas”, destacou o boletim.
Outras recomendação são o aproveitamento do capital político de governadores e outros atores políticos para estimular a solidariedade internacional a desenvolver mecanismos que ampliem a vacinação globalmente, em especial nos países africanos.

- ALAGOAS
Com cobertura vacinal em 51,4% com 2a dose (49,5 MS), o comitê diz que ainda não existe segurança sanitária para atividades presenciais sem protocolos de distanciamento, proteção e testagem, principalmente, em grandes aglomerações como as de final de ano e Carnaval. - BAHIA
O documento destaca que o número de novos casos na Bahia está em um patamar elevado, em torno de 500 por dia. E ressalta que o número de óbitos diários (média de 10) supera os números de meados de outubro, quando estava em torno de 6, o que indica que a transmissão comunitária da pandemia ainda está presente. Desta forma, o comitê aponta grande preocupação para o possível impacto da realização das festas até o próximo carnaval. - CEARÁ
O comitê aponta que o Ceará apresenta indicadores de riscos pandêmico e epidêmico altos. - MARANHÃO
Com baixo risco epidêmico, a Secretária de Saúde recomenda a não realização de carnaval em São Luís. - PARAÍBA
Apesar dos dados animadores acerca da redução de casos, ainda não há segurança sanitária para realização de eventos com grande quantidade de público. O documento aponta que o risco epidêmico permanece alto e a interiorização de casos continua, e por esta razão o risco de uma nova onda de casos ocorrer no Estado. - PERNAMBUCO
Pernambuco apresenta indicadores de riscos pandêmico e epidêmico de moderado a alto. - PIAUÍ
O Piauí apresenta indicadores de riscos pandêmico e epidêmico altos. A taxa de infecção do Piauí está em 86/100.000 habitantes. - RIO GRANDE DO NORTE
O Rio Grande no Norte apresenta indicadores de riscos pandêmico e epidêmico altos. - SERGIPE
A intensidade da pandemia em Sergipe vem se mantendo em níveis bastante baixos desde meados do mês de outubro.
No estado, não está autorizada a realização de eventos públicos na virada do ano. Já para os eventos particulares, durante o período de 17 de dezembro a 9 de janeiro de 2022, fica permitido o limite máximo de 5 mil pessoas em ambientes externos e de 3 mil em internos. O público deve estar vacinado com as duas doses e apresentar teste negativado pra covid-19, que tenha sido realizado 48h antes do evento. A realização do carnaval não está definida no estado.