Lula tem 42,2% no 1º turno e 53,2% no 2º, diz pesquisa

De acordo com o levantamento, 75,7% consideram que o maior problema enfrentado pelo País atualmente é a Saúde, seguida de Educação (50%), emprego (32,1%) e segurança (15,5%)

A nova rodada da pesquisa MDA, encomendada pela CNT (Confederação Nacional dos Transportes) e divulgada nesta segunda-feira (21), confirma a liderança do ex-presidente presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na disputa à Presidência da República. Com 42,2% das intenções de voto, Lula está mais de 14 pontos percentuais à frente do atual presidente, Jair Bolsonaro (PL), que tem 28%. Considerando a pesquisa anterior, divulgada em dezembro, Lula oscilou 0,6 pontos percentuais para baixo, enquanto Bolsonaro cresceu 2,4 p.p.

No campo da terceira via, Ciro Gomes (PDT) e Sérgio Moro (Podemos) estão em empate técnico, com a preferência de 6,7% e 6,4% dos entrevistados, respectivamente. Escolhido nas prévias do PSDB como pré-candidato ao Planalto, o governador de São Paulo, João Doria, figura em quarto lugar com 1,8%. Em seguida, aparecem André Janones (Avante), com 1,5%, e Simone Tebet (MDB), com 0,6%. Felipe D’Ávila e Rodrigo Pacheco empatam em 0,3%.

Em cenário para um eventual segundo turno, a pesquisa indica que Lula tem, nesse momento, 53,2% de preferência contra 35,3% de Bolsonaro. Já Ciro Gomes teria 41,9% contra 37,9% do atual presidente. Segundo o levantamento, o chefe do Executivo superaria Moro por 35,6% a 34%, o que pode ser visto como um empate técnico considerando a margem erro. O mandatário também venceria João Doria por 41,1% a 29,8%.

O porcentual de votos brancos e nulos é de 6,2% e quase encosta nas intenções de voto para Moro e Ciro. Indecisos são 6%. Já no levantamento espontâneo, aquele em que os entrevistados expressam sua preferência sem dispor de uma lista de opções, a quantidade de indecisos supera as intenções de voto em Bolsonaro.

Ainda de acordo com o levantamento, 75,7% consideram que o maior problema enfrentado pelo País atualmente é a Saúde, seguida de Educação (50%), emprego (32,1%) e segurança (15,5%). Com o avanço da vacinação contra a Covid-19, a mudança sobre o pessimismo na saúde é notável: 41,9% esperam que tudo fique como está, 36,4% esperam alguma melhora e 19,6% esperam uma piora. Em dezembro de 2021, 27,7% esperavam piora, uma diferença de 8,1 pontos percentuais.

No quesito educação, as opiniões não registraram grande mudança. Para 40,6% dos entrevistados, tudo vai permanecer como está e para 38,7% vai ocorrer melhora. De acordo com 19,2%, vai haver piora. A falta de mudança na opinião se mantém no quesito segurança pública. Para 48,6%, tudo deve permanecer como está e para 20,3% vai haver piora. Entre os pesquisados, 29,2% acreditam que pode ter melhora.

Mais pessoas acreditam que a situação da Economia vai melhorar só em 2023 (36,7%) do que aquelas que têm expectativas ainda para este ano (16,8%). Para 23,7%, só haverá avanços em 2024. A expectativa em relação à renda mensal é baixa: 50,2% esperam que fique na mesma, enquanto 32,9% ainda acreditam em alguma melhora. Para 14,2%, as coisas vão piorar.

A maioria da população considera honestidade (62,7%) e competência (52,2%) como os principais atributos desejáveis de um candidato à Presidência. A pesquisa CNT/MDA ouviu 2.002 eleitores entre 16 a 19 de fevereiro. A margem de erro é de 2,2%.

Da Redação, com Estadão e agências