Servidores fazem atos e paralisação de 24h, nesta quinta (28), por reajuste

Categorias reivindicam recomposição de 19,99%, equivalente às perdas salariais acumuladas nos últimos três anos.

Foto: EDSON RIMONATTO / CUT BRASIL

Servidoras e servidores públicos federais, que lutam por reajuste salarial emergencial de 19,99% que, pelo menos, recomponha as perdas acumuladas nos últimos anos, realizam nesta quinta-feira (28), Dia Nacional de Luta, atos, mobilizações e paralisação de 24h em diversas cidades do país.

A data faz parte da Jornada de Lutas que começou na última segunda-feira (25) e vai até o dia 29 de abril. Nestas terça e quarta-feiras, dias 26 e 27, a categoria faz vigília em frente ao Ministério da Economia (bloco P), das 11h às 13h.

Em Brasília, onde são esperadas cerca de 10 mil pessoas nas manifestações que devem ocorrer na Esplanada dos Ministérios, será realizada uma marcha dos servidores, com concentração às 9h, no Espaço do Servidor (entre os blocos C e D – Esplanada dos Ministérios).

A categoria pressiona o governo de Jair Bolsonaro (PL) a montar uma mesa de negociação, mas a equipe do presidente se recusa a receber os representantes dos trabalhadores e das trabalhadoras para negociar. Sem debater as reivindicações, o governo anunciou um reajuste de apenas 5%, percentual que não repõe sequer os últimos doze meses de inflação.

Em março, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), disparou e registrou a maior alta desde a criação do Real há 28 anos. A alta acumulada nos últimos 12 meses (março de 2021 a março de 2022), é de 11,30%.

Já o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), usado nas correções salariais, registrou em março a maior variação para o mês desde 1994 e acumula alta de 11,73% nos últimos 12 meses.

A reação dos servidores é pressionar por meio de greve, como é o caso dos trabalhadores do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) parados desde o dia 23 de março e do funcionalismo da educação básica federal, associados ao Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe) que parou no último dia 16, e dos servidores de 17 unidades da Federação do Ministério do Trabalho e Emprego, em greve, desde a semana passada.

As categorias representadas pelo Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais (Fonasefe) exigem do governo uma proposta oficial, detalhada, que atenda igualmente ativos e aposentados e que avance verdadeiramente contra as perdas inflacionárias.

Fonte: Portal da CUT Brasil

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