Lula supera Bolsonaro no 1º e no 2º turnos, diz nova pesquisa FSB

“Cenário eleitoral permanece praticamente estável”, diz a FSB, no relatório sobre a pesquisa

Com 42% das intenções de voto, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) manteve a liderança no novo levantamento da FSB, contratada pelo banco BTG e divulgada nesta segunda-feira (11). É de dez pontos percentuais a vantagem de Lula no primeiro turno sobre o presidente Jair Bolsonaro (PL), que tem 32% na pesquisa estimulada (quando os entrevistados veem de antemão o nome dos candidatos).

A nova rodada mostrou um crescimento, dentro da margem de erro, de candidatos que tentam emplacar uma terceira via na disputa, contra uma polarização cada vez mais provável. O ex-ministro Ciro Gomes (PDT) tem 9%, seguido da senadora Simone Tebet (MDB, 4%) e do deputado federal André Janones (Avante), que tem 3%. Três candidatos alcançaram 1%: Felipe D’Ávila (Novo), Vera Lúcia (PSTU) e Pablo Marçal (Pros).

Os melhores desempenhos de Lula se dão entre moradores do Nordeste (59%), aqueles que ganham até um salário mínimo (53%) e quem tem apenas o ensino fundamental (51%). Já Bolsonaro vai melhor na região Sul (47%), entre os que ganham acima de cinco salários mínimos (43%) e evangélicos (42%).

Na pesquisa espontânea, em que o eleitor cita um candidato sem que nenhum nome lhe seja apresentando previamente, Lula desponta com 40%, Bolsonaro marca 30% e Ciro marca 3%. É nesse tipo de sondagem que a tendência à polarização fica mais evidente: de cada dez eleitores, sete já optaram ou pelo ex-presidente ou pelo atual. Além disso, 74% dizem que a opção de voto é definitiva.

Com relação ao segundo turno, Lula ganha de todos e Bolsonaro perde de qualquer um. Quando eles se enfrentam, o petista vence por 53% a 37%. Sua vantagem também é confortável contra Ciro (48% a 30%) e Tebet (52% a 27%).

“Apesar de uma melhora na avaliação do governo federal (o ótimo/bom subiu de 29% para 32% e o ruim/péssimo caiu de 50% para 47%) e da expressiva redução do número de eleitores que apostam em novas altas de preços (de 65% para 54%), o cenário eleitoral permanece praticamente estável”, diz a FSB, no relatório sobre a pesquisa. Ainda assim, 58% dos eleitores dizem desaprovar a forma como Bolsonaro está governando o Brasil.

“A população está menos pessimista com a inflação e menos crítica ao governo, mas isso ainda não parece ter sido suficiente para alterar o quadro eleitoral”, afirma Marcelo Tokarski, sócio-diretor do Instituto FSB Pesquisa. “Resta saber se essa melhora continuará e, em caso positivo, se pode ou não favorecer o Bolsonaro.”

A pesquisa FSB ouviu 2 mil eleitores, por telefone, entre os dias 8 e 10 de julho. A margem de erro é de dois pontos percentuais.

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