Simone Tebet compara bolsonarismo à violência e intolerância nazifascista

Ex-candidata à presidência e senadora rechaça candidatura de Bolsonaro à reeleição: “‘Não podemos fracassar pelo bem de nossos filhos’, diz Simone Tebet sobre o 2° turno”

21.10.2022 – LULA EM MINAS GERAIS – Lula, Marina Silva e Simone Tebet participam de caminhada em Juiz de Fora (MG), saindo da esquina da Avenida Francisco Bernardino com a Rua Benjamin Constant. Foto: Ricardo Stuckert

“Nós não podemos fracassar pelo bem de nossos filhos.” Assim a senadora e ex-candidata à presidência Simone Tebet (MDB-MS) concluiu um vídeo divulgado nesta terça-feira (25), em que rechaça a candidatura de Jair Bolsonaro (PL) à reeleição. Ela faz uma reflexão sobre o impacto do bolsonarismo na sociedade brasileira, expressando sua preocupação com a mentira, a agressão e a intolerância que representa.

“O que foi que aconteceu na sociedade brasileira que nós não vimos e que permitiu que o bolsonarismo ficasse maior do que o Bolsonaro?!”, diz ela, comparando o fenômeno de ódio e desinformação com o nazifascismo, acelerado e agravado pelas redes sociais.

“Foi assim com o nazismo e com o fascismo, a gente sabe. Mas no caso do bolsonarismo, muito rapidamente ele conseguiu encontrar nas redes sociais um megafone, através de fake news conseguiu multiplicar a sua voz torpe, equivocada, mesquinha e me preocupa muito, porque mais quatro anos de Bolsonaro significaria mudar a alma e o caráter do povo brasileiro”, afirma Simone Tebet.

A senadora faz referência ao modo como o caráter empático do brasileiro e sua busca por justiça social tem sido contaminado pela violência do discurso do presidente e sua defesa da ditadura militar, da tortura e da ruptura com as instituições democráticas, além do negacionismo científico.

“Uma geração oito anos sendo contaminada por um presidente que não dá exemplo, que usa palavras chulas, que mente descaradamente, que agride as minorias, que não tem respeito por quem pensa diferente.”

“Mais 4 anos de Bolsonaro significaria mudar a alma e o caráter do povo brasileiro. Uma geração sendo contaminada por um presidente que mente, agride e não tem respeito pelos diferentes. Nós não podemos fracassar pelo bem de nossos filhos”.

Simone no Tuca

Na noite de segunda (24), a senadora também apresentou outro vídeo no ato em defesa da democracia, no Teatro da PUC, o Tuca, em que reafirma estes valores. No vídeo, ela diz que a maior ameaça ao país está no Palácio do Planalto. “Um presidente que prega o ódio e a desarmonia, divide as famílias e desrespeita a nossa fé, colocando cristão contra cristão, e através de mentiras, nos joga uns contra os outros”, afirmou.

Simone faz referência a reportagens e vídeos viralizados na internet, durante todo o dia, em que pessoas evangélicas que não votarão em Bolsonaro relatam que são hostilizadas em suas igrejas. “Bolsonaro representa o que há de pior em nós. Por isso, com amor e coragem, vamos juntos reconstruir o Brasil, votando Lula, votando 13”, conclui.

Quando chegou, ela disse que pensa muito diferente de Lula, mas está unida a ele pelo amor ao país e à democracia. “Estou aqui porque amo a democracia, porque lutei por ela e porque não abro mão da democracia brasileira”, declarou.

Após relatar que aprendeu a respeitar a democracia com líderes como Lula, ela voltou a atacar Boslonaro. “Hoje, o nosso grito é contra todo o retrocesso civilizatório de um presidente da República desumano, que nega a ciência e a vacina no braço do povo brasileiro”, afirmou, acrescentando o caráter machista e intolerante com as minorias. “Um autocrata que, com mais quatro anos de governo, instalaria no Brasil uma ditadura branca”, disse.

Ela concluiu defendendo o voto em Lula pelo que ele representa de resgate democrático ao reunir uma frente ampla em torno de sua candidatura. Para ela, não há dois candidatos, apenas um que defende a democracia. “Não é hora para omissão. A omissão é o pecado capital contra o povo brasileiro. Estou pronta para dizer que quem votou em branco, anulou o voto ou votou em Ciro e em Simone Tebet, agora só pode votar no 13”, afirmou.

Também afirmou que espera ver Lula construir a democracia no Brasil em outras bases. “Um Brasil que seja generoso, inclusivo e não deixe ninguém para trás. Que proteja os 210 milhões de brasileiros. A pacificação política que vai garantir a estabilidade, o emprego e a renda para o trabalhador e a família, educação de qualidade, saúde decente e moradia para todos, é o país a ser edificado pelas mãos do presidente Lula”, encerrou.