Em carta aberta, Lula promete desmatamento zero na Amazônia

O candidato diz que vai apoiar a grande agricultura de baixo carbono e a agricultura familiar com crédito, garantias e assistência

Região do Vale do Javari na Amazônia (Foto: Bruno Kelly/Amazônia Real)

Na carta proposta lançada ao povo brasileiro, Lula propôs o desmatamento zero na Amazônia e nada de emissão do efeito estufa na matriz elétrica. A proposta, para se efetivada num eventual governo, está entre os compromissos assumidos pelo ex-presidente em carta aberta.

Os eixos são Democracia e liberdade; Desenvolvimento econômico com investimentos, Desenvolvimento sustentável e transição ecológica, Reindustrialização do Brasil e Agricultura sustentável.

“Nosso compromisso estratégico é buscar o desmatamento zero na Amazônia e emissão zero de gases do efeito estufa na matriz elétrica”, diz o ex-presidente no item sobre desenvolvimento sustentável.

Para isso, o candidato afirmou que vai apoiar a grande agricultura de baixo carbono e a agricultura familiar com crédito, garantias e assistência.

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“Vamos criar o Ministério dos Povos Originários e revogar as medidas contrárias as populações indígenas e povos originários. Vamos reconstruir os órgãos de fiscalização e controle do desmatamento. Vamos acabar com o garimpo ilegal em terras indígenas”, comprometeu-se.

Lula afirmou que em vez de líderes mundiais de desmatamento, o Brasil precisa ser campeão mundial do enfrentamento da crise climática e do desenvolvimento socioambiental. “Assim, teremos comida saudável no prato, ar limpo para respirar, água boa para beber e muitos empregos de qualidade com os investimentos verdes”, argumentou.

“Vamos construir um Brasil sustentável. O Brasil tem tudo para ser uma grande potência ambiental. Para isso, é preciso aproveitar a criatividade da bioeconomia e dos empreendimentos da sociobiodiversidade”, defendeu o candidato.

De acordo com ele, é preciso iniciar a transição energética e ecológica para uma agropecuária e uma mineração sustentáveis, para uma agricultura familiar mais forte, para uma indústria mais verde.

Eleição diferente

O ex-presidente diz que essa não é uma eleição qualquer. “O que está em jogo é a escolha entre dois projetos completamente diferentes para o Brasil”, observou.

Afirmou ue o atual país é do ódio, da mentira, da intolerância, do desemprego, dos salários baixos, da fome, das armas e das mortes, da insensibilidade, do machismo, do racismo, da homofobia, da destruição da Amazônia e do meio ambiente, do isolamento internacional, da estagnação econômica, do apreço à ditadura e aos torturadores. Um Brasil de medo e insegurança com Bolsonaro.

“Outro é o país da esperança, do respeito, do emprego, dos salários decentes, da aposentadoria digna, dos direitos e oportunidades para todas e todos, da vida, da saúde, da educação, da preservação do meio ambiente, do respeito às mulheres, à população negra e à diversidade; da integração soberana ao mundo, da comida no prato e, sobretudo, do compromisso inabalável com a democracia. Um Brasil de esperança, um Brasil para todos”.

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