Isolado, Bolsonaro não irá à cúpula do G20 na Indonésia

Presidente se junta a dois outros ausentes: Vladimir Putin, da Rússia, e Manuel Lopez Obrador, do México. Encontro acontece nos dias 15 e 16 de novembro em Bali

Itamaraty confirmou que o presidente, Jair Bolsonaro, não comparecerá à cúpula do G20 que começará na semana que vem em Bali | Evaristo Sá/AFP

O Ministério das Relações Exteriores do Brasil confirmou neste sábado (12) que o presidente Jair Bolsonaro (PL) não participará da cúpula de líderes do G20, evento que acontece nos próximos 15 e 16 de novembro em Bali, na Indonésia.

Além de Bolsonaro, estarão ausentes os presidentes de Vladimir Putin, da Rússia, e Andrés Manuel López Obrador, do México. Os três serão representados por seus ministros de Relações Exteriores.

“A delegação do Brasil à 17ª Cúpula do G20, em Bali, será chefiada pelo Ministro de Estado das Relações Exteriores, Embaixador Carlos Alberto Franco França’’, respondeu o Itamaraty ao confirmar a ausência de Bolsonaro na reunião. A informação é do Valor Econômico.

A delegação brasileira que viaja na próxima semana inclui o Secretário de Comércio Exterior e Assuntos Econômicos, Sarquis J.B. Sarquis, e dois funcionários da Coordenação-Geral de G20 do Itamaraty.

Isolamento

Desde que foi derrotado nas eleições por Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Bolsonaro tem se isolado no Palácio da Alvorada. Segundo o portal Uol, alguns dos seus principais assistentes tentaram convencê-lo da importância da participação da presidência no evento que reúne os líderes das 20 maiores economia do mundo, mas Bolsonaro optou por não comparecer.

O presidente tampouco quis ir à Conferência do Clima no Egito (COP27), assim como também não participou da COP26, na cidade escocesa de Glasgow, em 2021. Nas últimas reuniões em que participou do G20 seu isolamento ficou claro, segundo certos participantes. A política ambiental de seu governo também colaborou muito para que isso acontecesse.

Segundo o colunista Jamil Chade, do Uol, diplomatas estrangeiros apontam que a “ausência de Bolsonaro sedimenta a irrelevância internacional do presidente e seria um “réquiem” de um governo que apequenou o Brasil no mundo.”

A ausência do presidente, de acordo com os diplomatas, gera “alívio” e “pena” diante do colapso da política externa de um país que era referência pro mundo. Historicamente, o Brasil costumava ser requisitado por seu papel de articulador em negociações e debates globais envolvendo países em desenvolvimento.

O ministro Carlos França partiu neste sábado de Brasília em direção de Bali, na Indonésia, para o encontro dos líderes que inclui Joe Biden, dos EUA, e Xi Jinping, da China

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com informações de agências.

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