Presidente do SNA faz balanço do 1º dia de paralisação de pilotos e comissários

Trabalhadores reunidos pelo Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA) entraram em greve, que acontecerá diariamente entre as 6 e 8 horas; atrasos e cancelamentos foram registrados nos aeroportos do país.

Foto: Tânia Rego/Agência Brasil

O primeiro dia de greve de pilotos e comissários de bordo aconteceu nesta segunda-feira (19). Como previsto, a paralisação ocorreu entre as 6 e 8 horas nos aeroportos de Guarulhos, Congonhas, Viracopos, Galeão, Santos Dumont, Confins, Porto Alegre, Brasília e Fortaleza. Por ordem do Tribunal Superior do Trabalho (TST) somente 10% dos trabalhadores puderam parar as atividades.

Apesar disso, o efeito pretendido pelo Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA) para que a mensagem dos tripulantes surtisse efeito foi alcançado. Foram registrados dezenas de atrasos e cancelamentos que repercutiram também em outros aeroportos.

Como informou a Folha de São Paulo, em Congonhas, na capital paulista, foram 38 atrasos e 5 cancelamentos. No Santos Dumont, na capital fluminense, foram 13 atrasos e 6 cancelamentos.

A categoria pretende manterá as paralisações por tempo indeterminado até terem as suas reivindicações atendidas.

O presidente do SNA, Henrique Hacklaender, utilizou as redes da entidade para agradecer o apoio da tripulação que aderiu aos atos e da população, solidária à causa. Além disso, fez um balanço das manifestações em todo o país.

“Hoje foi o primeiro dia e tem que continuar. Esse foi o primeiro de muitos até que a gente encontre uma solução”, disse.

Sobre a negociação com as empresas representadas pelo Snea (Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias), representante patronal, Hacklaender, indicou que as negociações não têm avançado.

“Tem que ter um basta. As empresas precisam alterar a sua forma de tratar os seus tripulantes. Não adianta voarmos cada vez mais se não houver segurança no que está sendo feito”, criticou o presidente do SNA.

Reivindicações

Entre as reivindicações dos aeronautas estão:

  • recomposição das perdas inflacionárias pelo INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) e ganho real de 5%;
  • melhorias nas condições de trabalho: definição dos horários de início de folgas e proibição de alterações; cumprimento dos limites já existentes do tempo em solo entre etapas de voos.

Confira o reporte dado pelo presidente do sindicato para a categoria: