Lula demite 196 militares da ativa que estavam no governo desde Bolsonaro

De acordo com levantamento do jornal Folha de S.Paulo, o corte total desde outubro foi de 319 vagas. Até fevereiro, ainda estavam no governo 1.871 militares

Acampamento em frente QG do Exército em Brasília( Foto: Reprodução da Rede Social)

O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva já demitiu 196 militares da ativa das Forças Armadas que ocupavam cargos na administração federal, sobretudo no Ministério da Defesa e da Presidência da República.

De acordo com levantamento do jornal Folha de S.Paulo, o corte total desde outubro foi de 319 vagas. Até fevereiro, ainda estavam no governo 1.871 militares.

Declaradamente a favor da ditadura militar de 1964, Bolsonaro bateu o recorde dos fardados da ativa no seu governo: 2.206 cargos de comissão em julho de 2022.

Por exemplo, na Presidência da República estavam oito militares que visitaram os acampamentos golpistas em frente ao QG do Exército em Brasília.

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Eles encorajavam os colegas a participarem dos atos com seus familiares. O major do Exército Alexandre Nunes chegou a afirmar no acampamento que Lula não subiria a rampa.

O sargento Márcio Valverde, da Marinha, nomeado como assistente no GSI em 2020; e um homem identificado como sargento Azevedo, da Aeronáutica, também estavam presentes no acampamento.

“Outro militar que compareceu aos atos no acampamento foi o primeiro-sargento Ronaldo Ribeiro Travasso, da Marinha. Ele também trabalhava no GSI e disse que daria um tiro na cabeça de seu irmão caso ele fizesse o ‘L’ — gesto repetido pelos eleitores de Lula. Segundo ele, ‘quem faz o L é terrorista’ e ‘tem que morrer”, diz reportagem do jornal na época.

Os demais militares citados no documento do Ministério da Justiça são da Marinha: Estevão Soares, Thiago Cardoso, Marcos Chiele e Fernando Carneiro Filho. Chiele foi dispensado junto com Valverde.

Alguns desses militares participaram de grupo de WhatsApp em que foram trocadas e compartilhadas mensagens antidemocráticas e ameaças a Lula. Parte deles continuava lotada na Presidência.

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