Após reunir com Lira, Lula debate com líderes articulação política na Câmara

Lula até o momento ainda não comentou sobre a reunião, mas Lira deixou o Palácio do Alvorada dizendo que o presidente será mais presente na articulação política

Lula e Arthur Lira (Foto: Marina Ramos/Agência Câmara)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva entrou em campo para melhorar a articulação política do governo na Câmara dos Deputados. Após encontro com o presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), ele marcou reunião com todos os líderes da base de apoio do governo ainda nesta segunda-feira (5).

Lula até o momento ainda não comentou o encontro, mas Lira deixou a reunião dizendo que o presidente será mais presente no trabalho de articulação política.

“O governo precisa se mobilizar. A articulação precisa estar mais atenta. Penso que, nessas discussões, o governo vai a partir de hoje, com a presença do presidente Lula, ter uma participação maior na construção dessa base mais sólida”, afirmou o presidente da Câmara à CNN.

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Lira negou que exista uma “queda de braço” com Lula. “Nosso papel é de ser facilitador, desmistificar essa queda de braço constante entre Lula e Lira, Lira e Lula. Isso não existe. O governo não teve nenhum ato arredio de nossa parte, nenhum tipo de imputação de derrotas em matérias importantes”, disse.

No encontro com líderes, o presidente deve cobrar mais unidade na base. Os partidos que possuem ministérios precisam garantir votos ao governo nas votações importantes da Casa.  

“Os ministros que foram escolhidos não representam as bancadas. Não é possível o União Brasil ter dois ministros e isso não dizer nada às bancadas”, avaliou a deputada Alice Portugal (PCdoB-BA), vice-líder da Federação Brasil da Esperança, composta ainda pelo PT e PV.

 Em entrevista à Rádio Metrópole, no seu estado, a parlamentar disse que a articulação política do governo é competente. “[Alexandre] Padilha é hábil e afável”, acrescentou, sobre o ministro das Relações Institucionais.

Para ela, é importante as conversas no sentido de evitar que um governo eleito seja impedido de governar.

“Nós ganhamos as eleições, mesmo que não de 7 a 1. Nós não podemos permitir que o governo de Lula seja capturado, não se permitirá e nem nós permitiremos, mas é inevitável que haja conversações, precisamos agregar para poder governar”, defendeu.

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