59º Congresso da UNE começa quarta (12) e já mobiliza estudantes de todo país

Candidata à presidência da UNE, Manuella Mirella, comenta a mobilização dos estudantes; bancadas do Amapá e do Acre já partiram rumo a Brasília

Estudantes do Amapá. Foto: Reprodução

O 59º Congresso da UNE (Conune) começa na próxima quarta-feira (12) e vai até domingo (16), em Brasília (DF). O presidente Lula, o ministro da Justiça Flávio Dino, parlamentares do PCdoB e diversos convidados já confirmaram presença.

Faltando dois dias, a mobilização dos estudantes de todo o Brasil rumo ao congresso já começou. A candidata à presidência da UNE, Manuella Mirella, que representa o movimento Bloco na Rua pela União da Juventude Socialista (UJS), tem acompanhado a mobilização de caravanas.

A delegação do Amapá já saiu da capital Macapá rumo a Belém, no Pará. A viagem de barco dura pouco mais de 24 horas. De lá os estudantes ainda enfrentam mais um dia e meio de viagem de ônibus para a capital Brasília.

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A bancada do Acre também já está a caminho e deve enfrentar mais de dois dias de viagem de ônibus.

Ao Portal Vermelho, Manuella disse que sua expectativa é de grande presença dos estudantes, principalmente pelo grupo que representa.

“Tenho muito orgulho de ser a escolhida da juventude que foi para as ruas durante todo o governo Bolsonaro. A UJS é gigante, inclusive o movimento Bloco na Rua já é o maior movimento rumo ao Conune e minha expectativa é ver a UnB e o Nilson Nelson (ginásio) lotados com estudantes de todo Brasil”, disse.

Ela também avaliou a recepção dos estudantes a sua candidatura: “Todos os dias me emociono com mensagens de estudantes e apoiadores, também ver falas de mulheres estudantes, principalmente negros, que veem na minha candidatura a consolidação de uma UNE enegrecida e de que meninas como eu podem sim chegar em espaços de decisão e destaque, seja no movimento estudantil, social ou em qualquer área de suas vidas.”

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Para a próxima diretoria que será escolhida pelos estudantes, Manuella fez uma análise sobre os desafios.

Manuella Mirella. Foto: UJS

“Hoje temos uma universidade ainda destruída por tantos ataques sofridos nos últimos anos, milhões de estudantes deixaram a universidade, por isso a prioridade é a defesa de uma reforma universitária que garanta a reconstrução da universidade pública, com a retomada de obras paradas, garantia de um orçamento justo, a aprovação do PNAES enquanto Lei para garantir bolsas de assistência estudantil, passe livre, restaurantes universitários etc. Ainda existe o desafio de defender a renovação da Lei de Cotas atrelada à assistência estudantil. Nas universidades privadas é preciso a regulamentação do ensino superior privado, a derrubada da portaria 2117 que possibilita a oferta de 40% de disciplinas EAD na modalidade presencial e a defesa da qualidade da formação, pois educação não pode ser mercadoria”, explica.

Confira a programação completa e os participantes do 59º Congresso da UNE aqui.