Megaoperação da PF queima 302 balsas do garimpo ilegal no Amazonas

Agentes da PF e do Ibama contaram com a ajuda de satélites para localizar os pontos com maior concentração das embarcações

(Foto: Divulgação/PF)

Em parceria com o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), a Polícia Federal (PF) encerrou no último sábado (2) a Operação Draga Zero com a destruição de 302 balsas do garimpo ilegal no Rio Madeira, no Amazonas.

Agentes da PF e do Instituto percorreram 1,5 mil quilômetros pelo Rio Madeira, passando pelos municípios amazonenses de Autazes, Nova Olinda do Norte, Borba, Novo Aripuanã e Manicoré.

A megaoperação contou com a ajuda de satélites para localizar os pontos com maior concentração de balsas.

De acordo com a PF, o principal objetivo era combater os crimes de garimpo ilegal cometidos na localidade.

Leia mais: ABIN liga garimpo ilegal a financiamento de atos golpistas

“A prática da atividade na região, além de causar danos ao meio ambiente e à saúde pública em virtude da contaminação do rio por mercúrio e cianeto, também interfere na cultura de povos tradicionais, uma vez que áreas indígenas chegaram a ser invadidas pelos criminosos, na região de Manicoré/AM”, diz nota da corporação policial.

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, elogiou a ação dos dois órgãos na região.

“Em 12 dias na Amazônia, a Polícia Federal e órgãos parceiros eliminaram mais de 300 balsas de garimpo ilegal. Estamos defendendo o meio ambiente, o patrimônio público, a soberania nacional e combatendo organizações criminosas. Parabéns às equipes pelo ótimo trabalho”, afirmou Dino.

De acordo com a pasta, trata-se da maior operação de combate ao garimpo ilegal na Amazônia da história da PF.

O superintendente da PF no Amazonas, Umberto Ramos, disse que os garimpeiros já estavam dentro de área indígena Marmelo, em Manicoré.

“Nós recebemos denúncias ao longo do caminho da nossa expedição e exatamente pelos autores conhecerem um pouco da legislação e saberem que as terras indígenas gozam legitimamente de uma proteção do Estado maior do que as terras que não têm essa qualificação”, disse Ramos ao Jornal Nacional da Globo.

Autor