Ministérios se unem para combater práticas ligadas aos discurso de ódio

Parceria entre ministérios dos Direitos Humanos e da Justiça tem objetivo de elaborar formas de atuação conjunta contra racismo religioso, xenofobia e violência nas escolas

Foto: Clarice Castro/MDHC

Os ministérios dos Direitos Humanos e da Cidadania e o da Justiça e Segurança Publicaram firmaram parceria para atuar no combate, entre outras práticas, ao racismo religioso, à xenofobia e à violência nas escolas, usando como base o “Relatório de Recomendações para o Enfrentamento ao Discurso de Ódio e ao Extremismo no Brasil”, elaborado por grupo de trabalho (GT) no âmbito do MDHC.

“Para além de derrubar conteúdos criminosos, queremos a responsabilização de quem pratica esses crimes”, destacou o ouvidor nacional de Direitos Humanos, Bruno Renato Teixeira após a reunião, realizada nesta terça-feira (5). 

Delegado de polícia e coordenador do Laboratório de Operações Cibernéticas na Secretaria Nacional de Segurança Pública do MJSP, Alessandro Gonçalves Barreto propôs a análise de perfis e grupos que

tenham o mesmo modus operandi na prática de crimes de ódio. Entre as propostas, constaram também o monitoramento de hashtags e imagens a partir de parceria com as redes sociais.

Divulgado em julho deste ano pelo MDHC, o “Relatório de Recomendações para o Enfrentamento ao Discurso de Ódio e ao Extremismo no Brasil” traz um diagnóstico do grupo de trabalho (GT) criado em fevereiro, além de diretrizes e recomendações estratégicas a serem adotadas. 

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O documento aponta as principais manifestações acerca da temática a serem enfrentadas no país com base nas análises de como elas se configuram na realidade brasileira e na identificação das dimensões em que se manifestam, por quais tecnologias operam e como promovem o contágio e mobilizam os sentimentos, os indivíduos e as comunidades de ódio.

Presidido pela ex-deputada federal e mestra em políticas públicas, Manuela d’Ávila (PCdoB), e composto por representantes de instituições de Estado, ministérios e 24 representantes da sociedade civil — como acadêmicos, comunicadores, influenciadores digitais e observadores internacionais convidados — o GT realizou 15 reuniões e discutiu o tema com nomes como o da antropóloga Débora Diniz, do professor Christian Dunker e do influenciador digital Felipe Neto também integraram o grupo.

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Com agências

(PL)

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