Estudantes de Direito aderem à greve na USP por mais professores

Movimento grevista iniciado na Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) ganha adesões. Principal reivindicação é pela contratação de mais professores

Foto: Centro Acadêmico XI de Agosto

A greve iniciada na USP (Universidade de São Paulo), na última quinta-feira (21), por alunos da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) e que conta com apoio dos professores e de outras unidades e servidores, ganhou adesão dos estudantes de Direito.

Na segunda-feira (25), estudantes da Faculdade de Direito (também conhecida como Faculdade de Direito do Largo de São Francisco – “Sanfran”) reunidos pelo Centro Acadêmico XI de Agosto, entendida como a entidade estudantil mais antiga do país, votaram pela adesão à greve.

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Como informado, com 606 votos em um quórum de 630 estudantes, ficou decidido em Assembleia Geral Extraordinária a adesão da Sanfran à Greve Geral da USP. Com isso foram formados piquetes com bloqueios na unidade, sendo permita a entrada somente para atividades de greve no prédio histórico localizado no centro da capital paulista.

Nas redes sociais do Centro Acadêmico foi colocado que os alunos seguirão “na luta por mais professores, permanência e diversidade na USP!”

Novas adesões

A Adusp (Associação de Docentes da Universidade de São Paulo) realiza nesta terça (26), às 16 horas, assembleia geral para avaliar o movimento grevista e votar indicativo de paralisação.

Imagem: Adusp

O Sindicato dos Trabalhadores (Sintusp) tem marcado assembleia geral na quarta-feira (27). Na pauta divulgada consta:

  • Acordo Coletivo: Decisão de assinar ou não este Acordo e outras propostas;
  • Indicativo de Greve por Tempo indeterminado;
  • Adesão à Paralisação do Funcionalismo de 3 de outubro: Contra as Privatizações do governo Tarcísio!

Falta de professores

De acordo com a Adusp, o déficit de docentes na Universidade chega a 1.042 em comparação com o ano de 2014 – redução de 17,56%, de 5.934, para 4.892.

Veja aqui quantos professores faltam por unidade da USP.

Além da reposição no quadro de professores, o movimento estudantil reivindica mudanças no Programa de Apoio à Permanência e Formação Estudantil (PAPFE), que visa aumento no número de concessões de bolsas e melhora no valor dos benefícios.