Trump e filhos são julgados por fraude em tribunal de Nova York

Em Nova York, Estado Unidos, o ex-presidente Donald Trump se apresentou nesta segunda-feira (2) a um tribunal local para ser julgado por fraude fiscal. As Organizações Trump e dois filhos do magnata, Donald Jr e Eric, são co-réus no processo.

A acusação de fraude considera que a família e a empresa tenham supervalorizado valores de imóveis a fim de conseguirem empréstimos e seguros imobiliários em condições favoráveis. Os valores inflacionados podem passar de 2 bilhões de dólares, o que resultou em ganhos para os envolvidos entre 2014 e 2021.

Este processo, assim como outros que Trump responde, tem sido classificado por seu entorno como “caça às bruxas”, com a finalidade de arranhar a já prejudicada imagem dele, uma vez que é pré-candidato Republicano para as eleições presidenciais de 2024.

Na semana passada, o juiz Arthur Engoron já havia se pronunciado em decisão inicial que as fraudes eram repetidas e que foram oferecidas demonstrações financeiras falsas pelos envolvidos durante uma década.

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Como exemplo, a luxuosa propriedade Mar-a-Lago, na Flórida, tem o indicativo de que foi supervalorizada em 2.300%, segundo a BBC, e o triplex Trump Tower apresentado com três vez o tamanho que realmente possui, conforme constou nos balanços financeiros.

O processo é movido pela procuradora-geral de Nova York, Letitia James, que pediu uma multa inicial de US$ 250 milhões (R$ 1,265 bilhão), referente aos ganhos irregulares que tiveram, e o impedimento dos acusados de realizarem negócios em Nova York por cinco anos.

O juiz deverá julgar acusações sobre: falsificação de registros comerciais, emissão de demonstrações financeiras falsas, fraude em seguros e conspiração.

A expectativa é de que Engoron observe a relação nas fraudes e acusações de conspiração em ligação às propriedades de luxo. Com isso, poderá estabelecer uma multa sobre o lucro que os acusados tiveram com as fraudes. O juiz reservou três meses para o julgamento – portanto pode se estender até o final do ano.

No mês de agosto o ex-presidente se entregou à Justiça com dezoito co-réus por acusação de fraude eleitoral e outros crimes.

*Com informações BBC