Ato no Rio defende Eletrobrás estatal e reconstrução do Sistema Petrobras

Os trabalhadores do Sistema Petrobras amanheceram nesta terça-feira (3), mobilizados contra as privatizações e em defesa da soberania nacional. O aniversário de 70 anos da empresa é celebrado pela categoria com atos, manifestações e muita luta, pressionando o governo e a gestão pela reconstrução da estatal e humanização das relações de trabalho.

Em São Paulo, os petroleiros realizaram paralisações nas refinarias de Paulínia (Replan) e de Mauá (Recap), em apoio e solidariedade aos trabalhadores do Metrô, da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) e da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), que realizam uma greve unificada nesta terça, contra o pacote de privatizações anunciado pelo governador, Tarcísio de Freitas (Republicanos).

Em Araucária, no Paraná, os petroleiros e petroquímicos realizaram ato unitário com diversas categorias e movimentos sociais, em frente à Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados (FAFEN), que foi fechada em 2020 pelo governo Bolsonaro, causando a demissão sumária de cerca de 1.000 trabalhadores, entre próprios e terceirizados. Desde então, a categoria tem se mobilizado pela reabertura da unidade.

Também no Paraná, os petroleiros se mobilizam pela reestatização da Unidade de Industrialização do Xisto, a SIX, que foi privatizada pela gestão anterior da Petrobras, assim como a Refinaria Landulpho Alves (Rlam), na Bahia, a Refinaria Isaac Sabbá (Reman), em Manaus, e a Refinaria Clara Camarão, no Polo de Guamaré, no Rio Grande do Norte.

No Rio Grande do Sul, houve também um grande ato conjunto com as centrais sindicais e os movimentos populares, em frente à Refinaria Alberto Pasqualini (Refap), que completou 55 anos e também chegou a ser colocada à venda pelo governo Bolsonaro.

Ato unificado

Os petroleiros e petroleiras de vários estados do país participaram ainda nesta terça de um grande ato nacional unificado no Rio de Janeiro, organizado pela FUP, FNP e Plataforma Operária e Camponesa da Água e Energia (POCAE), em conjunto com as centrais sindicais e movimentos sociais, em defesa da soberania nacional, das estatais e do serviço público.

Junto com a categoria petroleira estão estudantes, eletricitários, profissionais da educação, servidores públicos, metalúrgicos, bancários, engenheiros, urbanitários, trabalhadores dos Correios, entre outras categorias organizadas que unificaram a luta pela reconstrução do Estado brasileiro, para a retomada do desenvolvimento nacional.

As caravanas de vários estados entoaram gritos de ordem contra as privatizações e pela reestatização da Eletrobrás e dos ativos do Sistema Petrobras que foram vendidos a preço de banana pelo governo Bolsonaro.

O ato ocorreu em frente à antiga sede da Eletrobrás, no centro da capital fluminense, de onde várias caravanas de petroleiros e militantes diversos sairam em passeata até a sede da Petrobras, na Avenida Chile.

Ainda nesta terça, pela manhã, sindicatos e centrais participaram do ato de comemoração dos 70 anos da Petrobras, que foi realizado no Centro de Pesquisas da empresa, o Cenpes, no Rio de Janeiro.

Veja imagens das atividades por todo o país: