Lula entrega moradias e quer financiar classe média no Minha Casa Minha Vida

O governo entregou 1.651 unidades habitacionais nos estados de Alagoas, Bahia, Espírito Santo e São Paulo. Presidente defendeu inclusão da classe média no programa

Foto: Reprodução/ TV Brasil

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva entregou, nesta segunda-feira (23), 1.651 unidades habitacionais do programa Minha Casa, Minha Vida nos estados de Alagoas, Bahia, Espírito Santo e São Paulo.

Na primeira agenda no Planalto desde a cirurgia no quadril, o presidente criticou o preço do aluguel no país e afirmou que o novo Minha Casa, Minha Vida contemplará também a classe média.

A cerimônia aconteceu de forma simultânea nas quatro localidades e contou com a presença de ministros, além participação de Lula por videoconferência. O presidente ainda se recupera das cirurgias realizadas em setembro.

  • Na Bahia, foram entregues 250 moradias. O ministro Rui Costa (Casa Civil) e o governador Jerônimo Rodrigues (PT-BA) participam de Santa Maria da Vitória (BA).
  • No Espírito Santo, o governo federal entraga 537 unidades habitacionais. A ministra Simone Tebet (Planejamento) e o governador Renato Casagrande (PSB-ES) participam de Aracruz (ES).
  • Em Alagoas, 384 casas serão entregues. O ministro Renan Filho (Transportes) e o governador Paulo Dantas (MDB-AL) participam de Maceió (AL).
  • Em São Paulo, são 480 apartamentos que beneficiarão as famílias atingidas pelo incêndio na Vila Gilda, uma das maiores comunidades sobre palafitas do país.

O Minha Casa Minha Vida foi retomado pelo Governo Federal, sob a gestão do Ministério das Cidades, em fevereiro de 2023 e aprovado pelo Congresso Nacional em 13 de junho. O governo pretende entregar dois milhões de novas unidades até 2026.

Lula afirmou que o programa tem que contemplar outras faixas de rendas, além dos mais pobres. “Eu não quero financiar casa só para as pessoas mais pobres, porque está cheio de trabalhador que ganha R$ 8 mil, R$ 6 mil, R$ 5 mil, R$ 7 mil, R$ 10 mil que também tem direito de ter uma casa, ele tem direito de ter financiamento”, disse.

Em sua nova versão, o MCMV atende famílias com renda mensal bruta de até R$ 8 mil em áreas urbanas e renda anual bruta de até R$ 96 mil em áreas rurais.

“A pessoa quer comprar uma casa e não é atendida porque nem é tão miserável, tão pobre, e não tem dinheiro para comprar. Então nós precisamos atender essa gente. Porque essa gente é a chamada classe média, que paga imposto nesse país, essa gente que trabalha muito, essa gente que se dedica, que levanta cedo”, afirmou Lula.

O novo Minha Casa, Minha Vida abrange tanto as famílias da Faixa 1, aquelas com renda de até R$ 2.640,00 em áreas urbanas ou renda anual de R$ 31.680,00 em áreas rurais, quanto a classe média. Os beneficiários da Faixa 1 poderão ser atendidos com unidades habitacionais subsidiadas e financiadas.

Já os beneficiários das Faixas 2 e 3 poderão ser atendidos com unidades habitacionais financiadas, em imóveis com valores de até R$ 350 mil.

Retomada após o governo Bolsonaro

As famílias da Faixa 1, com renda de até R$ 2.640,00 mensais ou R$ 31.680,00 por ano, ficaram sem contratação no governo do presidente Jair Bolsonaro. Em seu mandato, Bolsonaro criou o programa Casa Verde e Amarela que além de não decolar, quase paralisou a construção de novas unidades habitacionais.

Em 2023, o governo Bolsonaro enviou a proposta de Orçamento com um reserva de apenas R$34,2 milhões para o Fundo de Arrendamentos Residencial (FAR), que bancava a construção de novas casas subsidiadas pelo programa Casa Verdade e Amarela

A título de comparação, o governo Lula investiu cerca de R$146 milhões com as 1.651 residências entregues nesta segunda no novo Minha Casa, Minha Vida.

No Espírito Santo, Tebet criticou a falta de contratação dos últimos anos. “Foram 180 mil casas paradas por falta de obra. Ficaram quatro anos inacabadas porque o governo que passou não entregou nenhuma casa do programa Minha casa Minha Vida”, disse a ministra do Planejamento.

Em videoconferência, o presidente Lula classificou como “irresponsabilidade” a paralisação do programa. “Retomamos o Minha Casa, Minha Vida, mas também tudo o que estava parado porque é irresponsabilidade um governo são construir casa para os pobres.

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