Enel descumpre prazo e milhares de imóveis continuam sem energia em SP

107 mil imóveis estavam sem luz na noite da terça (7), prazo previsto para que o problema fosse solucionado. Segundo a Enel, 30 mil imóveis seguem às escuras nesta quarta (8)

Foto: Agência Brasil

Ao final da noite desta terça (7), ao menos 107 mil imóveis seguiam sem energia elétrica causando transtornos a população e um prejuízo milionário para os pequenos e médios comerciantes.

O Ministério Público de São Paulo (MP-SP) propôs um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) à Enel para indenizar 2 milhões de consumidores que ficaram sem energia elétrica no estado.

Segundo a empresa privada, dos 107 mil imóveis na região metropolitana de São Paulo cerca de 30,2 mil foram diretamente impactados pelo temporal de sexta (3) – a partir da última segunda (6), a Enel começou a distinguir os clientes afetados pela chuva daqueles que já estavam sem energia por outros motivos.

O promotor do consumidor, Denilson de Souza Freitas, informou que se reuniu com a advogada da Enel. A empresa tem 15 dias para responder a proposta da TAC. À CNN, fontes informaram que, se a empresa não fechar um TAC, haverá uma ação judicial contra ela.

Nesta quarta a Câmara Municipal de São Paulo aprovou a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar as omissões da empresa Enel. A instalação da CPI será nesta quinta-feira (9) às 13h, no plenário.

No terceiro dia útil consecutivo sem energia elétrica na capital paulista e na grande São Paulo, os prejuízos acumulados superam os R$126 milhões para o comércio da região, segundo Associação Comercial de São Paulo (ACSP).

Uma série de protestos ocorreram nesta terça em diferentes pontos da periferia da capital paulista e região metropolitana. No Capão Redondo, moradores interditaram a avenida Agostinho Rubin com barricadas, bloqueando a via nos dois sentidos.

Nesta manhã, a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) informou que pontos sem energia elétrica afetavam o abastecimento de água em trechos isolados em Cotia e Pirapora do Bom Jesus. A companhia afirma que continua trabalhando de forma emergencial para abastecer os locais críticos com caminhões-tanque.

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