Luciana Santos exalta unidade das juventudes da JPL e da UJS

Presidenta nacional do PCdoB e ministra do MCTI paerticipou nesta quarta-feira do Encontro Nacional da JPL

Foto: Lula Marques/Agência Brasil

A presidenta nacional do PCdoB e ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Luciana Santos, exaltou nesta quarta-feira (31) a “unidade e luta” dos jovens que militam na JPL (Juventude Pátria Livre) e na UJS (União da Juventude Socialista). Ao participar, por videoconferência, do Encontro Nacional da JPL, a dirigente afirmou que, apesar das trajetórias distintas, as duas entidades têm em comum a orientação marxista.

Segundo Luciana, assim como PCdoB e PPL tiveram “maturidade” para construir uma união partidária em 2019, suas juventudes organizadas também “caminharam cada vez mais juntas” nos últimos anos. “O Sérgio Rubens (histórico dirigente comunista e fundador do PPL) sempre enfatizava que nós compartilhávamos a ideia da transformação social com a base teórica do marxismo”, disse a ministra.

Ela elogiou a escolha de Sérgio – “homem culto, simples e sábio” – como patrono da JPL, ao lado de Antônio Alves e Stuart Angel. “Eles são nossos heróis”, afirmou. De acordo com a ministra, a Juventude Pátria Livre também acerta ao dar centralidade à soberania e autonomia. “Revolucionários como Ho Chi Minh e Mao Tsé-Tung deram importantes contribuições para a gente ver a luta anticolonial como uma dimensão da luta pelo socialismo. Vejo essas bandeiras como algo contemporâneo e necessário.”

Luciana afirmou que, para o PCdoB, o “centro da tática”, hoje, é “lutar pelo êxito do governo Lula, nos aproximando de um programa emancipatório do povo brasileiro”. Os índices econômicos do primeiro ano de mandato surpreenderam, como o crescimento de 3%, a inflação baixa e controlada e a queda no desemprego.

Mas, para que os comunistas lutem pelo “salto civilizacional” de que o Brasil precisa, a dirigente disse que é necessário atualizar o Programa Socialista do PCdoB, aprovado em 2009. “Precisamos nos ajustar ao novo patamar do projeto nacional de desenvolvimento e defender a reindustrialização sobre novas bases. Os desafios não são pequenos pela dimensão do País – e também por termos retardado tanto o desenvolvimento nacional”, declarou.

Um desses desafios é superar “retrocessos difíceis de reverter” deixados pelo governo Jair Bolsonaro (2019-2022), como a autonomia do Banco Central, a reforma trabalhista e a privatização da Eletrobras. Para Luciana, além da retomada de programas bem-sucedidos, o Brasil deve mirar “novas políticas públicas”.

A seu ver, os jovens que não estudam nem trabalham – os chamados “nem-nem” – devem ser priorizados. “Mesmo os que estão em trabalhos precarizados precisam de uma atenção”, afirmou. A geração de empregos de qualidade será impulsionada, segundo ela, por projetos como o Novo PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) e a neoindustrialização.

“É hora de darmos uma ‘virada de chave” na nossa balança comercial, hoje muito dependente da exportação de commodities”, disse Luciana. Para isso, o governo listou seis missões no programa Nova Indústria Brasil, base da neoindustrialização. “Uma das encruzilhadas mais importantes para um governo é dar certo na economia, gerar emprego e renda, ter crescimento. A taxa de investimento do País precisa chegar a 25% do PIB”, avaliou.

A presidenta do PCdoB exortou os participantes do Encontro a conhecerem a fundo a “guerra cultural” em curso no Brasil. “É  muito importante que o Congresso aprove a PL das Fake News, da qual nosso deputado Orlando Silva (PCdoB-SP) é o relator”, frisou. Luciana também desejou sorte aos militantes da JPL que disputarão as eleições municipais de 2024. É o caso do vereador Guilherme Bianco (PCdoB), que tentará a reeleição em Araraquara.

O Encontro Nacional da JPL teve início na segunda-feira (29) e se encerra nesta quarta, com a plenária final. A atividade é realizada na Colônia de Férias do Sintaema, em Nazaré Paulista (SP).

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