Execuções e tortura viram rotina na polícia de São Paulo sob o governo Tarcísio

Até este sábado (10), 18 civis foram mortos em supostos confrontos contra a polícia. Não há provas, porém, confirmem esses confrontos.

As forças policiais de São Paulo, sob o comando do governador bolsonarista Tarcísio de Freitas (Republicanos), estão agindo cada vez mais à margem da lei. Neste domingo (11), moradores da periferia da Baixada Santista denunciaram a prática de execuções, tortura e abordagens violentas por policiais militares da Operação Escudo contra a população local e egressos do sistema prisional.

Os relatos foram colhidos por uma comitiva formada pela Ouvidoria da Polícia de São Paulo, Defensoria Pública e deputados estaduais. A região da Baixada Santista é alvo de uma nova fase da Operação Escudo da polícia paulista, lançada como retaliação à morte do policial militar da Rota Samuel Wesley Cosmo, em Santos, no último dia 2.

Até este sábado (10), 18 civis foram mortos em supostos confrontos contra a polícia. Não há provas, porém, confirmem esses confrontos. Enquanto as mortes seguem sob investigação, a rotina de ilegalidades permanece.

Segundo a Secretaria de Segurança Pública (SSP), todos os casos estão sendo apurados. Para minimizar a matança, a pasta alega que, desde o início do ano, foram registradas seis mortes de policiais: quatro PMs ativos e um inativo, além de um policial civil em serviço. Na sexta-feira (9), a Prefeitura de São Vicente cancelou o carnaval de rua na cidade em razão da falta de segurança.

O ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida, manifestou preocupação em relação à atuação da polícia na Baixada Santista. “O Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC) vem a público externar a preocupação do governo federal diante dos relatos recebidos pela Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos de que graves violações de direitos humanos têm ocorrido durante a chamada Operação Escudo”, postou o ministro em suas redes sociais.

Com informações da Agência Brasil

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