Para Luciana Santos, ciência precisa ter a cara do Brasil e das mulheres

Ministra tem trabalhado para aumentar a participação feminina nas áreas de ciência, tecnologia e inovação como forma de superar desigualdades e garantir pluralidade

Foto: MCTI

“Estamos trabalhando no MCTI para estimular, valorizar e dar condições de trabalho para as mulheres. A ciência precisa ter a cara do Brasil, e por isso precisa de mulheres, negros, indígenas, contemplar a diversidade da nossa gente”. A avaliação foi feita pela ministra de Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, nesta segunda-feira (4), no lançamento do Relatório Agenda Transversal – Mulheres

O documento estabelece ações e medidas presentes em 45 dos 88 programas do Plano Plurianual (PPA) 2024-2027, do governo federal, com destinação de R$ 14,1 bilhões do Orçamento deste ano. Ao todo, a agenda conta com 85 objetivos específicos, 191 entregas e 75 medidas institucionais e normativas voltadas para a redução da desigualdade e a violência de gênero no país.

Na ocasião, Luciana destacou que os programas de inclusão do ministério têm o objetivo de reduzir a desigualdade de gênero na ciência e contemplar a diversidade do país. Um exemplo desse desequilíbrio pode ser constatado no fato de que as mulheres são maioria nas universidades e nas bolsas de iniciação, mas representam somente 35% das bolsas de produtividade, destinadas aos pesquisadores no final da carreira.

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“Estamos empenhados na construção de políticas que estimulem, abram caminhos, valorizem e garantam oportunidades. Tanto o acesso quanto a permanência das mulheres nas carreiras científicas e tecnológicas dependem desse tipo de política. Ao não valorizar talentos femininos o país perde a diversidade de olhares que enriquecem sua produção científica. Promover a inclusão é tornar a sociedade um lugar mais diverso, equilibrado e justo”, afirmou.

A ministra anunciou o lançamento, em breve, de edital de R$ 100 milhões do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), para incentivar meninas e mulheres na ciência. A ideia é estimular o ingresso e a formação desse público nas ciências exatas, engenharias e computação, áreas que registram as menores porcentagens de participação feminina.

Luciana Santos também destacou iniciativas em curso como a Chamada Beatriz Nascimento, em parceria com os ministérios da Igualdade Racial, das Mulheres e dos Povos Indígenas. Por meio do CNPq, mulheres negras, ciganas, quilombolas e indígenas serão contempladas com bolsas de doutorado sanduíche e pós-doutorado, ambas no exterior.

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Outros programas são o Futuras Cientistas, do Centro de Tecnologias Estratégicas do Nordeste (Cetene), que tem foco em alunas e professoras da rede pública de ensino; o Prêmio Mulheres Inovadoras, da Finep, que estimula startups lideradas por mulheres e os editais da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT) e de Olimpíadas Científicas, que reservaram vagas para projetos liderados por mulheres.

Com informações do MCTI

Edição: Priscila Lobregatte

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