Ministro Silveira chama de especulação demissão de presidente da Petrobras

Ao lado do ministro Haddad numa entrevista coletiva, o ministro das Minas e Energia disse que a distribuição de dividendos da empresa não entrou na pauta da reunião

(Foto: Ricardo Stuckert/PR)

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, chamou de “especulação” a demissão do presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, após deixar reunião nesta segunda-feira (11) de mais de três com o presidente Lula, os ministros Rui Costa (Casa Civil), Fernando Haddad (Fazenda), Prates e a diretoria da empresa.

“Conversamos sobre investimentos em fertilizantes, transição energética, enfim, no futuro do nosso país”, escreveu Lula no X [antigo Twitter].

“É mais uma grande especulação. Eu atribuo as duas que houve desde sexta-feira da reunião do conselho e também essa saída como especulações que não fazem bem ao Brasil. Em nenhum momento isso foi cogitado”, disse Silveira.

Ao lado do ministro Haddad numa entrevista coletiva, o ministro disse que a distribuição de dividendos não entrou na pauta da reunião.

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O encontro serviu para a Petrobras apresentar o plano de investimentos em projetos descarbonização e de transição energética.

“A questão da distribuição [dos dividendos] é dinâmica. [O dinheiro] foi para a conta de contingência. O governo do presidente Lula tem trabalhado com muito cuidado no respeito à governança da Petrobras. Todos os investidores sabem que governo é controlador, tem maioria do conselho”, disse.

Haddad explicou que somente o conselho da empresa pode tomar a decisão de distribuir os dividendos e governo não contava com dinheiro.

“A Fazenda não fez um orçamento contando com distribuição de dividendos extraordinários. Se eles vierem a ser distribuídos, melhoram as nossas condições, mas nós não estamos dependendo disso para performar”, completa.

O ministro afirma que a Fazenda às vezes é provocada a dizer se entende que a distribuição pode prejudicar plano de investimento da companhia.

“Agora, o conselho é soberano para pedir informações. É normal isso. [O dinheiro] está numa conta reservada de remuneração de capital, cuja destinação é a distribuição. O ‘quando’ e ‘como’ vão ser julgados à luz das informações”, afirmou.

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