China sobe o tom e aplica sanções contra empresas militares dos EUA

Pequim anunciou sanções contra 12 empresas e executivos norte-americanos pela venda de armas a Taiwan e em resposta às sanções impostas por Washington

Foto: Reprodução

A China anunciou, nesta quarta (22), sanções contra 12 empresas dos Estados Unidos, em retaliação ao que chamou de “coerção econômica” de Washington contra empresas chinesas. Pequim critica também a venda de armas pelos EUA a Taiwan.

As sanções foram impostas a várias empresas de defesa dos EUA e aos seus respectivos executivos. Empresas como Lockheed Martin, Raytheon e General Dynamics, estão entre as entidades sancionadas pelo país asiático, conforme comunicado divulgado pelo ministério das Relações Exteriores.

As empresas “serão proibidas de qualquer atividade de importação-exportação ligada à China e de qualquer novo investimento na China”, de acordo com agência de notícias Xinhua.

Pequim rebateu as justificativas americanas no que chamou de “imposição indiscriminada de sanções unilaterais ilegais pelos EUA a uma série de entidades chinesas com base nos chamados fatores relacionados com a Rússia”, disse o ministério em comunicado.

A China disse que os EUA “ignoraram a sua posição objetiva e imparcial na crise ucraniana” e, em vez disso, “se envolveram em intimidação unilateral e coerção econômica”.

O comunicado ainda alerta que os EUA também continuaram a vender armas para Taiwan, o que “viola gravemente” o princípio de Uma Só China e os comunicados conjuntos entre os dois países, e “mina seriamente” a soberania e a integridade territorial da China.

Recentemente, Washington aumentou drasticamente as tarifas sobre importações de produtos chineses, incluindo carros elétricos, baterias e semicondutores.

A Casa Branca disse que ação foi “cuidadosamente direcionada para setores estratégicos”, que também incluem alumínio e aço, minérios, células solares, guindastes portuários e produtos médicos. As tarifas se aplicariam a US$ 18 bilhões em produtos chineses, afirmou.

Os EUA quadruplicarão a taxação sobre veículos elétricos chineses para 100% este ano e praticamente triplicarão a taxa sobre importações de aço e alumínio. As tarifas sobre semicondutores chineses serão dobradas a partir de 2025. A taxa sobre células solares também será dobrada este ano para 50%.

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