Em greve, servidores e professores das universidades intensificam mobilização

O movimento dos servidores técnico-administrativos e professores das instituições federais intensificam a mobilização a partir da próxima semana para o fim da greve que já atinge quase 90 dias de paralisação.

Entre os dias 11 e 14, o Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe) convocou uma jornada de luta, quando caravanas dos estados chegarão a Brasília. Também serão realizadas novas reuniões de negociação com governo para fechar um acordo.

Na segunda-feira (10), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva terá reunião com os reitores das universidades federais e institutos federais.

A Federação de Sindicatos de Trabalhadores Técnico-Administrativos em Instituições de Ensino Superior Públicas do Brasil (Fasubra) quer que a Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) auxilie numa mediação com o presidente para chegar ao fim da greve.

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O comando do movimento fez o pedido a presidente da Andifes, Márcia Abrahão, que não descarta debater o assunto com Lula.

“Não conhecemos a pauta da reunião. A nossa expectativa é que seja tratado sobre orçamento e sobre o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) das universidades, que ainda não temos nenhuma informação. Esperamos também que seja abordado o tema da greve, mas gostaríamos que até lá já estivesse estabelecido um acordo entre governo e sindicatos”, disse Abrahão, que é reitora da Universidade de Brasília (UnB).

O secretário dos Serviços Públicos e dos Trabalhadores Públicos da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), João Paulo, diz que as articulações da Fasubra, professores e parlamentares têm como objetivo fazer com que o governo apresente algum “elemento novo” para as negociações.

“Os parlamentares estão se mobilizando para fazer alguma mudança no Orçamento e viabilizar recursos para que o governo apresente outra proposta”, revelou o sindicalista.

Também faz parte da mobilização uma reunião do movimento grevista com o presidente. “Queremos mostrar o quanto as universidades e os institutos federais são importantes para o desenvolvimento do país. No novo projeto de desenvolvimento, as universidades são peças importantes”, lembrou.