Tesouro Nacional realiza a segunda emissão de títulos verdes e capta US$ 2 bi

Emissão na Bolsa de Nova York pagará 6,5% ao ano no título com vencimento em 2032. Cerca de 77% dos compradores são da Europa e da América do Norte

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Na quinta-feira (20), o Tesouro Nacional realizou a sua segunda emissão de título soberano sustentável (títulos verdes ou green bonds) no mercado internacional, chamado GLOBAL 2032, o que rendeu US$ 2 bilhões (cerca de R$ 10 bilhões).

Os papéis foram lançados no mercado do Estados Unidos, na Bolsa de Nova York, e pagarão taxa de retorno (juros) de 6,375% ao ano com vencimento em 22 de janeiro de 2032. Na emissão realizada em novembro a taxa de juros foi de 6,5% ao ano.

Segundo o Tesouro, com os “recursos captados por meio da emissão sustentável, o Governo Federal se compromete a alocar o montante equivalente em categorias elegíveis de despesas, que impulsionem a sustentabilidade e contribuam para a mitigação das mudanças climáticas, para a conservação dos recursos naturais e para o desenvolvimento social, conforme estabelecido no Arcabouço Brasileiro para Títulos Soberanos Sustentáveis.”

A gestão da Dívida Pública Federal reforça o compromisso da República de assegurar a sustentabilidade ambiental, ao mesmo tempo em que implementa políticas e iniciativas que visam melhorar a qualidade de vida da população e promover a inclusão social”, completa.

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Ainda de acordo o órgão, a demanda pelo título foi enorme, uma vez que superou o livro de ordens em cerca de US$ 4,7bilhões. Cerca de 77% dos compradores são da Europa e da América do Norte e 14% da América Latina, incluindo brasileiros.

O que são os títulos verdes?

Os títulos verdes são papéis nacionais lançados no exterior e vinculados, obrigatoriamente, aos compromissos ambientais brasileiros. Assim, o governo financia seus projetos e compromissos sustentáveis. O retorno em juros de 6,375% ao ano aos investidores traz como benefício extra a certeza de um investimento com o selo de compromisso socioambiental.

Na primeira emissão, em novembro passado, o valor captado passou a ser empregado em projetos de transporte limpos e de energia renovável, como exemplo. Parte dos recursos das duas emissões de títulos verdes irão para a o Fundo Nacional sobre Mudança do Clima.

*Com informações Tesouro Nacional e Agência Brasil