Anatel vai bloquear de 500 a 600 sites de apostas no país, avisa Haddad
“Se você tem algum dinheiro em casa de aposta, peça a restituição já. Porque você tem direito a ter o seu valor restituído. Às vezes, o valor fica bloqueado lá pra você apostar de novo”, alertou o ministro
Publicado 30/09/2024 15:57 | Editado 01/10/2024 16:34
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta segunda-feira (30) que, nos próximos dias, a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) vai bloquear o acesso aos sites de apostas não regulamentados no país.
“A primeira providência: banir do espaço brasileiro as ‘bets’ não regulamentadas. Tem cerca de 500, 600 sites de apostas que vão sair do ar nos próximos dias”, anunciou o ministro em entrevista à CBN.
Haddad também fez um alerta aos apostadores: “Se você tem algum dinheiro em casa de aposta, peça a restituição já. Porque você tem direito a ter o seu valor restituído. Às vezes, o valor fica bloqueado lá pra você apostar de novo”.
O ministro ainda comunicou que a Fazenda vai banir determinadas formas de pagamentos das apostas como as feitas com cartão do Bolsa Família e cartão de crédito. “Nada disso vai poder ser utilizado para pagar apostas”, garantiu.
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Além disso, ele diz que será resolvido o problema com a publicidade dos jogos, que “está completamente fora de controle”.
“Assim como tem regulamentação da publicidade do fumo e da bebida alcoólica, temos que ter o mesmo zelo [com os jogos]”.
O problema será tratado num encontro que ele terá nesta terça-feira (1º) com entidades ligadas ao setor de publicidade.
Haddad também culpou o governo de Bolsonaro pela atual situação. De acordo com ele, é preciso esclarecer à opinião pública que havia um “comando legal” para que o setor fosse regulamentado, mas isso não foi feito.
“Elas ficaram isentas de impostos durante todo o período do governo Bolsonaro e sem regulação para proteger o apostador. Nós tivemos um período muito ruim em que os jogos cresceram no Brasil, jogos eletrônicos, sem que o Estado interviesse no sentido de proteger a sociedade”, criticou.