The Economist projeta Vietnã como superpotência de veículos elétricos
Os vietnamitas apostam na VinFast, empresa com vínculo estatal e campeã nacional da produção de carros elétricos para o mercado local.
Publicado 31/03/2025 15:26 | Editado 31/03/2025 16:13

A última edição da revista britânica The Economist aponta o Vietnã como uma das próximas superpotências na produção de carro elétrico no mundo, ao lado de Indonésia e Tailândia. No caso dos vietnamitas, a aposta é na VinFast, empresa com vínculo estatal e campeã nacional da produção de carros elétricos para o mercado local.
A companhia, que já tentou uma investida no mercado norte-americano com o VF8, expande sua produção para os mercados da Índia e Indonésia.
No ano passado, a montadora vietnamita anunciou que pretende vender carros elétricos no mercado brasileiro. A empresa – que já registrou modelos no País como o VF3 e a picape média VF Wild – diz que estão sendo formados “os pilares básicos para se estabelecer no Brasil”.
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A VinFast tem plano recente para subsidiar a eletricidade em 150 mil estações de recarga (em grande parte da propriedade da VinFast).
“Mais significativo é o apoio político. Como Marco Förster, da consultoria Dezan Shira & Associates, observa, a empresa é um ‘projeto de glória’ ao qual os líderes do Vietnã estão profundamente ligados”.
De acordo com a revista, a Tailândia já é o maior produtor de automóveis do Sudeste Asiático e as empresas automotivas japonesas dependem de seus fornecedores de peças automotivas.
Contudo, os veículos eléctricos demandam menos peças do que os carros comuns. Além disso, os fabricantes chineses de veículos elétricos na Tailândia dependem de peças fabricadas no país. Portanto, a política tailandesa corre o risco de uma redução líquida de empregos na fabricação de automóveis.
“A Indonésia lançou uma série de incentivos, que vão desde isenções fiscais até vantagens de investimento. Mas o país também está tentando aproveitar ao máximo seu domínio sobre os minerais necessários para os veículos elétricos, usando proibições de exportação para forçar as empresas a produzirem localmente. Por exemplo, no caso do níquel, em que a vantagem de um quase monopólio, a concessão de exportação de minério bruto que entrou em vigor em 2020 levou a investimentos em fundições”, diz a revista.