Centrais sindicais denunciam “política nefasta de juros altos”

Em frente ao prédio do Banco Central, na Avenida Paulista, em São Paulo, centrais e movimentos sociais pressionam o Copom, que definirá a Selic na quarta-feira (18)

Foto: CTB

Em protesto contra a taxa básica de juros (Selic, hoje no patamar elevado de 14,75% ao ano), as centrais sindicais realizaram nesta terça-feira (17) um ato em frente ao Banco Central, na Avenida Paulista, em São Paulo. A manifestação, organizada por CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil), Força Sindical, CUT, UGT, CSB e Nova Central, ocorre durante a reunião do Copom (Comitê de Política Monetária), que acontece nesta terça e quarta-feira (18), quando será definido o próximo índice da Selic.

O vice-presidente nacional da CTB, Renê Vicente, falou ao Portal Vermelho sobre a urgência de reverter o patamar dos juros no país.

“Mais uma vez, as centrais sindicais estiveram hoje reunidas em frente à sede do Banco Central, na Avenida Paulista, denunciando essa política nefasta de juros altos que o Banco Central vem aplicando com uma taxa de 14,75% ao ano. Esta é uma das maiores taxas de juros do mundo e isso vem prejudicando enormemente uma política nacional de desenvolvimento em nosso país, colocando à frente da industrialização o rentismo, a especulação financeira”, diz.

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“Nós, das centrais sindicais, temos a consciência de que é necessário reduzir drasticamente os juros para que a gente possa colocar o país no rumo do desenvolvimento, com valorização do trabalho e distribuição de renda, que é o que mais afeta o nosso país no momento. Temos que pressionar o Banco Central. Esperamos que a próxima reunião do Copom reverta essa tendência de alta e que volte a reduzir os juros drasticamente para que a gente possa resgatar um plano nacional de desenvolvimento com soberania para o nosso povo. Esse é o principal motivo do protesto que foi feito”, completa Renê.

No ato, foram exibidas faixas pedindo menos juros, mais empregos, o combate à carestia e a taxação de grandes fortunas. Também participaram da mobilização Ubiraci Dantas, vice-presidente da CTB, e representantes de movimentos sociais.