Convenção Eleitoral posiciona PCdoB em Santa Catarina
A convenção eleitoral do PCdoB/SC aprovou a candidatura de César Valduga e Tiago Andrino à deputado federal e de Ângela Albino, Paulinho da Silva e Douglas Mattos a deputado estadual. O PCdoB consolidou a alian&cced
Publicado 28/06/2006 16:22 | Editado 04/03/2020 17:15
O PCdoB está empenhado em ampliar a aliança para o governo do estado em Santa Catarina. Aposta na eleição de Luci Choinacki (PT) ao Senado e José Fritsch ao Governo. O vereador Douglas Mattos, indicado a concorrer a Assembléia Legislativa na Convenção, poderá compor a chapa majoritária.
Com a participação de mais de 150 pessoas a convenção eleitoral do Partido Comunista do Brasil em Santa Catarina foi repleta de êxito. O dirigente do Comitê Central, Vital Nolasco, manifestou surpresa pelo entusiasmo e disposição dos comunistas catarinenses.
A convenção, realizada no dia 24 de junho nas dependências da sede da Federação dos Trabalhadores na Agricultura (FETAESC) realizou um profundo debate sobre o quadro político nacional e estadual. Apontou a plena concordância com as resoluções da Convenção Nacional e reforçou a convicção em torno da busca de reeleição de Lula para a presidência da República, com renovação do compromisso com as mudanças; e o fortalecimento eleitoral e orgânico do Partido Comunista.
Avaliou a conjuntura estadual e posicionou o partido em relação ao desafio de fortalecer o campo democrático e popular em contraponto as velhas oligarquias catarinenses. Desafio evidenciado na necessidade de derrota das forças políticas conservadoras oligárquicas (donde desponta como figura central o presidente nacional do PFL, Senador Bornhausen) e a nova direita neoliberal (PSDB) comandada pelo senador Leonel Pavan.
Leia a integra da resolução política da Convenção Eleitoral do PCdoB/SC:
Resolução Política da Convenção Eleitoral do PCdoB/SC
1. Em sua Convenção Eleitoral Estadual, o PCdoB-SC põe em relevo a luta política que se travará em torno da busca de reeleição de Lula para a presidência da República, com renovação do compromisso com as mudanças; e o fortalecimento eleitoral e orgânico do Partido Comunista. A disjuntiva central do presente momento, que marcará a batalha eleitoral próxima, se dá entre avançar para um projeto de desenvolvimento, com soberania, democracia e valorização do trabalho; ou retroceder em direção à experiência neoliberal rechaçada pelo povo e marcada pelo desemprego, privatizações, submissão aos EUA e falta de democracia. Esta encruzilhada acirra a luta política, e nenhum resultado pode ser colocado de antemão à eleição, sendo fundamental reafirmar a necessidade de conformação de uma aliança nucleada pelos partidos de esquerda e a apresentação de um programa que aponte para o aprofundamento das mudanças iniciadas no 1º. governo de Lula.
2. No cenário do Estado, a batalha política entre o avanço democrático e mudancista e o retrocesso neoliberal colocado pela disputa nacional, evidencia a necessidade de derrota das forças políticas conservadoras oligárquicas (donde desponta como figura central o presidente nacional do PFL, Senador Bornhausen) e a nova direita neoliberal(PSDB) comandada por Leonel Pavan. Coloca-se a necessidade de construção de um governo democrático-popular, capaz de deslocar a direção política do Estado para os partidos desse campo. A história política das últimas décadas em SC mostra que a disputa pelo governo sempre alternou entre a direita conservadora e o centro. Desde o meio da década de oitenta esses dois grupamentos políticos se alternaram frente ao governo. As vitórias do centro (PMDB) historicamente se deram com o apoio dos partidos de esquerda e do chamado campo democrático-popular, ao passo que seus governos sempre tiveram por base de apoio setores da direita. No entanto, esta eleição inova esta tendência a partir do posicionamento de LHS e Edurardo Pinho Moreira que desloca o PMDB para a direita, aliando-se já de primeira hora com o PFL de Bornhausen e com o PSDB de Leonel Pavan, postando-se no apoio à candidatura neoliberal de Alckimin para o governo federal.
3. O PCdoB em Santa Catarina historicamente perfilou as alianças do campo democrático-popular e de esquerda, e essa continuará sendo a política dos comunistas. Visando a construção de alternativa política real e efetiva, de cunho democrático-popular e com base nos mais sentidos interesses do povo, o PCdoB constituirá aliança eleitoral com o Partido dos Trabalhadores (PT), objetivando construir uma frente ampla de centro-esquerda com partidos como PSB, PL, PMN, PRB e PTB, entre outros, com vistas a criar condições de eleição de Fritsch para Governador e a reunião, na aliança estadual, do maior número possível de partidos em torno do objetivo central de reeleição de Lula.
4. Ao mesmo tempo o PCdoB-SC envidará esforços por ocupar papel de maior destaque político e lutará pela ampliação de sua força eleitoral e orgânica, aspecto fundamental do processo de acumulação de forças. Apresentará assim um conjunto maior de candidaturas proporcionais de razoável estatura eleitoral e também apresenta para a composição da chapa majoritária o nome do camarada Douglas Mattos, vereador em Criciúma.
5. O foco central do projeto eleitoral do Partido será a disputa de uma vaga na eleição de Deputado(a) Estadual, êxito que alcançado pode elevar a condição política e eleitoral do PCdoB em Santa Catarina. Visa também alcançar uma expressiva votação em seus candidatos a deputado federal, com isso contribuindo para o esforço de superação da cláusula de barreira eleitoral, no mínimo de 2%(dois por cento) dos votos.
6. Apresenta como candidatos a deputado federal os camaradas César Valduga e Tiago Andrino, e para deputado(a) estadual os nomes dos camaradas: Angela Albino, Douglas Mattos e Paulinho da Silva.
7. A coordenação geral da campanha será exercida pela Comissão Política do CE, que também fará a indicação das tarefas eleitorais a serem cumpridas pelos membros do Comitê Estadual na campanha, também decidindo sobre a conveniência de “dobradinhas”, utilização do tempo de TV, regionalidade das candidaturas, campanha em outras áreas de influência partidária, e outras medidas que visem à consecução dos objetivos deste projeto.
8. A Convenção Eleitoral Estadual delega à Comissão Política do Comitê Estadual a finalização das negociações acerca das alianças eleitorais majoritária e proporcional, a ampliação ou redução do número de candidaturas, a inclusão ou substituição de nomes para compor a chapa proporcional e majoritária, visando atender as demandas da coligação, desde que não contrarie o projeto eleitoral definido.
Florianópolis, 24 de junho de 2006.