Delegado da PF: ''O objetivo é… o Lula''

O blog do jornalista Paulo Henrique Amorim, no portal iG, traz informações de como as supostas fotografias do dinheiro que iria ser utilizado para comprar um dossiê contra José Serra e Geraldo Alckmin foi parar nas mãos da imprensa, e de como a imprens

O Ministro das Relações Institucionais, Tarso Genro,  acaba de informar que tem informações concretas de que o delegado Edmilson Bruno, da Policia Federal de São Apaulo, ao distribuir as fotos do dinheiro à Jovem Pan, ao Estado de S. Paulo, ao Globo e à Folha de S. Paulo disse que seu objetivo era “… o Lula e o PT e acabar com a eleição”.


 


Imediatamente após, o delegado Bruno, segundo Genro, simulou um B.O. (Boletim de Ocorrência) em que dizia que o CD com as fotos tinha sido roubado de sua mesa.


 


Segundo Genro, essa é “uma operação política para construir um cenário parecido com o do seqüestro do empresário Abílio Diniz, em 89, em cima da eleição, quando Lula enfrentou Collor, e interferir na vontade popular, se aproveitando de um cerco da mídia à campanha de re-eleição do presidente Lula”.


 


Segundo Genro, a mídia impediu  que a população tivesse clareza de que foi o Governo Lula quem desbaratou as quadrilhas de vampiros e sanguessugas que estavam impunes desde o Governo anterior: “a população pensa, equivocadamente, que isso tudo foi montado no Governo Lula”, disse Genro.


 


Genro acredita que, dessa vez, porém, a população não vai se enganar. “Já foi enganada  uma vez e agora está madura para fazer a opção”.


 


Edmilson Bruno vazou fotos


 


A direção da Polícia Federal não tem mais dúvida de que quem vazou as fotos do dinheiro para a imprensa foi o delegado Edmilson Bruno. Segundo fonte da Polícia Federal, a PF só não sabe se ele vazou por dinheiro; por inclinação partidária ou para subir na hierarquia da Polícia Federal no caso de uma derrota do presidente Lula.


 


O delegado Bruno só entrou na investigação da máfia dos sanguessugas porque era o delegado de plantão em São Paulo no dia em que o delegado de Cuiabá pediu à PF de São Paulo para fazer diligência no hotel Íbis em São Paulo.


 


Depois disso, o delegado Bruno, como era natural, saiu do caso. Segundo informações de uma fonte da Polícia Federal, o delegado Bruno soube que estava sendo feita a perícia com o dinheiro na Caixa Econômica Federal de São Paulo.


 


Ele disse aos peritos que tinha voltado ao caso, tirou uma maquina fotográfica e fotografou o dinheiro. Bruno pediu aos peritos para copiar as fotos em CD, porque ele não sabia fazer isso. Depois, ele distribuiu as fotos a seis jornalistas, que poderão esclarecer à Justiça que foi ele quem distribuiu.


 


Segundo a direção da Polícia Federal, o delegado Bruno cometeu algumas irregularidades:



  1. Entrou num inquérito em que não trabalhava;
  2. Participou de uma perícia da qual não devia;
  3. Cometeu a imperícia de deixar o CD com as fotos em cima de sua mesa.

A PF acredita que o delegado Bruno foi instrumento de “armação política”.


 


Fonte: Conversa Afiada (Blog do jornalista Paulo Henrique Amorim)