Para Lula, Alckmin é o típico candidato sem propostas
O presidente-candidato Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta quarta-feira (4) que a campanha do candidato do PSDB, Geraldo Alckmin, usa argumentos sobre escândalos de corrupção por falta de propostas e discurso sobre políticas social e econômica.
Publicado 04/10/2006 15:43
“Nós queremos discutir ética, queremos discutir corrupção. O povo merecia uma discussão melhor, mas nossos adversários preferirem se enveredar por aí, vamos colocar na mesa as coisas que precisam”, afirmou o presidente Lula.
“Eles não têm argumento social, econômico, desenvolvimento, e quem não tem argumento, porque os estudos comparativos são mortais em relação aos 8 anos em que eles estiveram no governo, vai procurar outra coisa qualquer para fazer a disputa política”, acrescentou o presidente-candidato.
A estratégia da campanha do petista é usar os escândalos de corrupção no governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (1995-2002) não só nos debates como também nas inserções do programa eleitoral gratuito.
O objetivo é rebater as insinuações de que Lula teve participação no escândalo do dossiê contra políticos tucanos usando as denúncias da compra de votos para a aprovação da emenda da reeleição em 1997, as irregularidades da privatização do Sistema Telebrás e o escândalo dos bancos Marka Fonte-Cindam, denúncia de que o governo anterior abasteceu com US$ 1,6 bilhão as duas instituições antes da desvalorização do real.
Lula recebeu governadores eleitos aliados no Palácio do Alvorada para discutir estratégias no segundo turno. Compareceram Jaques Wagner (PT), da Bahia; Marcelo Miranda (PMDB), do Tocantins; Wellington Dias (PT), do Piauí; Marcelo Déda (PT), Sergipe; Binho Marques (PT), do Acre; Cid Gomes (PSB), do Ceará; Valdez Góis (PDT), do Amapá. Os governadores Eduardo Braga (PMDB), do Amazonas, e Blairo Maggi (PPS), do Mato Grosso, enviaram representantes.
O presidente rebateu as críticas de que teve votação expressiva no Nordeste e Norte graças às políticas sociais do governo. “A verdade é que no Sul, temos mais políticas sociais pela quantidade da população. Em São Paulo, o governo federal gasta R$ 2 bilhões por ano do Ministério do Desenvolvimento Social”, disse Lula.
Lula pediu esforço extra dos governadores em busca de votos. “Vocês são peças fundamentais na região de vocês. Vou reiterar: descansar é justo, mas eu peço um esforço porque são só mais 20 dias para a disputa nesse pais.”
Da parte da campanha, participaram o vice José Alencar, os ministros petistas Dilma Rousseff (casa Civil), Tarso Genro (Relações Institucionais) e Luiz Dulci (Secretaria Geral), além de Marcio Fortes (Cidades), do PP; Silas Rondeau (Minas e Energia), PMDB. O coordenador nacional da campanha Marco Aurélio Garcia também esteve no Palácio da Alvorada.
Fonte: G1