Campanha de Lula divulgará problemas da gestão Alckmin
Depois de explorarem a privatização de estatais no governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, os aliados do presidente Luiz Inácio Lula da Silva vão centrar os ataques ao adversário tucano Geraldo Alckmin no tema da gestão de governo. A intenç
Publicado 18/10/2006 17:34
Nessa estratégia, os aliados vão explorar um discurso de que o PSDB quebrou o País duas vezes e que a privatização em São Paulo foi um desastre. “Que sobriedade é essa que ele (Alckmin) prega. Um choque de gestão que privatiza, endivida o Estado e não sabe nem impedir que celulares entrem nos presídios? O PCC (facção criminosa) se organizou nas barbas do PSDB e do PFL”, afirmou o líder do governo na Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP).
No domingo passado, o ministro de Relações Institucionais, Tarso Genro, já havia sinalizado que a questão do crime organizado em São Paulo seria usada na campanha eleitoral. “O (tema) PCC é apenas para trazê-los (Alckmin e a campanha do tucano) à realidade”, afirmou o líder do governo. Em reunião hoje, Chinaglia e líderes da base aliada avaliaram que o presidente Lula se consolidou com ampla vantagem e que é importante ficar vigilantes com as ações da oposição para não perder a posição na disputa eleitoral. “Vamos continuar insistindo no risco Alckmin”, disse o líder do PT na Câmara, Henrique Fontana (RS).
Na reunião, os líderes desistiram de visitar o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em uma atitude de contraponto à visita feita pelos presidentes de partidos de oposição ontem. “A visita da oposição ao TSE foi ridícula. O papel do TSE é garantir eleições limpas e tranqüilas e não investigar dossiê”, disse Fontana, que ontem defendeu a visita ao tribunal. Na reunião de hoje, no entanto, os líderes avaliaram que poderiam cair no mesmo ridículo que estavam identificando na ação da oposição se fossem ao TSE.
Fonte: Agência Estado