Maioria do PMDB quer colaborar com Lula, diz Temer

O presidente do PMDB, Michel Temer (SP) gasta boa parte do seu tempo em consultas ao partido, para saber que posição adotar em relação ao governo. Um dos apoiadores mais destacados do presidenciável derrotado Geraldo Alckmin, Temer reconhece: “O PMDB e

Temer condicionou uma deliberação oficial do PMDB a um contato com Lula. O presidente já recebeu vários líderes peemedebistas depois de eleito. Privilegiou o deputado Jader Barbalho (PMDB-PA), do mesmo grupo dos senadores Renan Calheiros (AL) e José Sarney (AP). Temer aguarda a sua vez: “Estamos à espera do presidente Lula. Aguardamos uma conversa com ele. O tempo é do presidente. O tempo é todo dele”.


 


O deputado falou à Agência Nordeste (assinantes). Ele descartou a hipótese de renunciar à presidência do PMDB, como desejam os lulistas de primeira hora do partido. Na última semana, chegou-se a difundir a informação de que Temer receberia um “prêmio” caso se dispusesse à renúncia. O governo estaria disposto a indicá-lo para o posto de ministro do STJ (Superior Tribunal de Justiça).


 


O advogado Temer dá de ombros para a oferta velada. “É inviável”, diz ele. “Isso já foi insinuado antes e eu não quis”. Ele diz que a idéia de negociar politicamente uma indicação para o Judiciário é “um pensamento inadequado”. Ou seja, se quiser negociar institucionalmente com o PMDB, Lula terá mesmo que incluir Temer no rol de negociadores.


 


O presidente do PMDB se diz aborrecido com a ênfase que se vem dando à discussão por cargos nos entendimentos do partido com o governo. “Isso é péssimo. O assunto me aborrece muito. Pode observar, eu nem falo nisso. Ocupar cargos no governo é uma das conseqüências da coalizão política, não essa tão comentada por todos, mas aquela que determina a divisão de responsabilidades”.


 


Fonte: Blog do Josias