PDT decide integrar bloco com PCdoB e PSB e apoiar Aldo Rebelo
O PDT fará parte do bloco parlamentar com o PSB e PCdoB, e decidiu apoiar a candidatura do deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP) à Presidência da Câmara. A decisão foi tomada pela Executiva Nacional e a bancada federal do PDT após mais de três horas de reuni
Publicado 30/01/2007 19:50
O PDT decidiu nesta terça-feira, por ampla maioria, apoiar a candidatura de Aldo Rebelo (PCdoB-SP) à presidência da Câmara. O partido aprovou também a adesão a um bloco de oito legendas para se fortalecer na Casa. O apoio do PDT a Aldo equilibra mais a disputa pela sucessão ao comando da Câmara. A decisão surpreendeu o candidato Arlindo Chinaglia (PT-SP), que mais cedo já dava como certo o apoio da bancada pedetista. O anúncio foi feito, inicialmente pelo líder, deputado Miro Teixeira (RJ), explicando que ''esta é uma conclusão em etapa – o nível A, que é participar do bloco, que será formalizada, amanhã, em outra reunião, para as formalizações''. Teixeira que defendeu o apoio ao candidato petista, disse que acompanharia a vontade da maioria da bancada. ''Eu pessoalmente votaria em Chinaglia, mas se houve decisão da maioria, o meu voto acompanhará a vontade da maioria'', afirmou. Foram 20 votos a 3 a favor de Aldo e 17 a 6 para integrar o bloco partidário, proposto pelo PSB e pelo PCdoB. Se todos os partidos convidados a integrar o bloco acenarem na mesma direção, o grupo chegará a 92 deputados (soma que considera a bancada eleita na última eleição), o que lhe daria o status de maior bancada da Câmara, superando o PMDB (89), o PT (83) e o PSDB (66). Como reação, estes partidos podem juntar-se em outros blocos para evitar perda de espaço na distribuição de cargos da Casa, como postos de destaque na Mesa Diretora e presidência e relatorias de comissões permanentes. “O total de deputados do bloco varia de acordo com o total de partidos'', explicou presidente do Partido, Carlos Lupi. Segundo ele, a definição do número de deputados do bloco é que determinará a discussão sobre a ocupação de funções na mesa diretora. Essa discussão acontece nesta quarta-feira (31), para atender o prazo limite de formalização dos blocos parlamentares. O prazo para a formação de blocos termina às 12 horas. Segundo Lupi, a opção por Aldo também se deve a afinidades históricas com o candidato do PCdoB. “Havia uma discussão. Alguns companheiros defendiam a candidatura de Chinaglia, mas nós somos democratas. Nós nos reunimos, discutimos, debatemos e a maioria acabou optando, por causa das alianças históricas com PSB e PCdoB, por um apoio à candidatura de Aldo, com esse bloco”, disse Lupi. “E, principalmente, pelo fato de Aldo ser um homem que tem tido uma ação muito correta com o PDT e uma linha de pensamento ideológico muito próxima à nossa”, complementou o presidente do partido. O bloco partidário não está consolidado, pois algumas siglas, como o PV e o PSC, ainda discutem se querem integrá-lo. Também fariam parte do bloco o PAN, o PHS e o PMN. ''Ficamos com a maior bancada, por enquanto. É claro que vai haver reação dos três maiores partidos, individualmente'', afirmou a jornalistas o deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), que foi escolhido para ser líder do partido na Câmara. De Brasília,
Márcia Xavier
Colaborou: Cláudio Gonzalez