Metroviários decidem se entram em greve hoje

O Sindicato dos Metroviários de São Paulo realizará hoje (22) ás 18 horas assembléia para decidir se entrará em greve ou não. Em meio a uma intensa campanha contra a privatização da Linha 4 do metrô e por uma Comissão Parlamentar de Inqu

Segundo o sindicato, o “Metrô continua dificultando o pagamento da PR alegando que não tem dinheiro e que já encaminhou a reivindicação dos metroviários à Comissão de Política Salarial do Governo do Estado, mas não apresenta proposta financeira”.
 


A Compania está sugerindo mudar o período do pagamento da PR de agosto/06 a julho/07 para janeiro a dezembro de 2007. Com isso, se propôe a negociar os valores de agosto a dezembro de 2006, para que em janeiro comece um novo contrato.
 


Mas para os metroviários o problema não é esse. Assembléia realizada no dia 7 deliberou que a categoria não chegará ao final de fevereiro sem receber. Hoje a categoria dará seu xeque mate para questão.
Agora à tarde está acontecendo uma reunião do sindicato com o governo do estado.  ''A depender das propostas que forem apresentadas pelo governo a categoria não terá outra saída senão a greve'', disse Wagner Fajardo, diretor do sindicato ao Vermelho.   
 


400 mil a mais de usuários e nada da participação nos resultados


 


O Metrô está transportando uma quantidade maior de usuários com a extensão da Linha 2 e implantação do Bilhete Único. O número de cidadãos que passam pelo sistema subiu de 2,4 milhões para 2,8 milhões, enquanto o quadro de funcionários é reduzido cada vez mais, gerando sobrecarga, horas extras e acúmulo de funções. Contudo, os metroviários estão mantendo a qualidade do serviço prestado à população.
 


''Não há nada mais justo que a categoria tenha participação nos bons resultados obtidos graças ao trabalho dos metroviários”, alega o sindicato.
 


Além da PR a assembléia também poderá pautar outras pendências, como as campanhas contra as terceirizações, pela saúde e segurança no trabalho e contra a periculosidade por apontamento, a retomada das MPs e as eleições das CIPAS. “Não vamos deixar nossa PR ir para o buraco”, diz o sindicato.