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Líder sem-terra destaca papel do PCdoB nos movimentos sociais

O PCdoB fez 85 anos em março, mas as homenagens e comemorações devem continuar até o final do ano. Por conta da data, José Batista de Oliveira, da direção nacional do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), falou ao Vermelho s

“O PCdoB tem um papel importante na busca pela unidade dos movimentos sociais, na elevação do nível de informação e de consciência da população brasileira, no enfrentamento ao capital que busca perpetuar seu projeto nefasto para os trabalhadores do campo e da cidade e na elaboração de um projeto popular para o nosso país”, disse.


 


Para José Batista, a luta dos comunistas está inserida no esforço de fortalecimento dos movimentos sociais brasileiros. “Entendemos que, desde a década de 90, há um descenso do movimento social em nosso país. Sem as lutas sociais não faremos as transformações que o povo brasileiro precisa”, lembra.


 


 


Ao falar sobre a participação do PCdoB na política nacional, José Batista destacou dois aspectos que caracterizam a ação dos comunistas e que, segundo ele, são de grande relevância. Primeiro, disse, “a preocupação permanente e o incansável trabalho de organização e elevação da consciência política da população rural”. Ele recorda que, principalmente durante a primeira metade do século 20, “o Partido Comunista fez um importante e corajoso trabalho junto à população rural, influindo decisivamente  para  impor a  reforma agrária na agenda nacional e na organização dos camponeses nas Ligas Camponesas, na Ultab e em outras formas de lutas e organizações”.


 


 


Além disso, ressaltou, o PCdoB “nos legou algumas das melhores lideranças políticas e intelectuais que o Brasil já teve. Lideranças que dedicaram suas vidas para pensar um Brasil socialmente justo e igualitário, priorizaram o estudo e a formação política e mantiveram uma coerência  de vida e em defesa da classe trabalhadora que nos serve de exemplo nos dias de hoje”.


 


 


O desafio do PCdoB agora é, conforme salientou,  “não perder  de vista a referência política com os movimentos sociais, ao mesmo tempo em que compõe o atual governo, com toda sua complexa composição política”.


 


 


Para José Batista, “a postura de defender os aspectos positivos e o significado político do atual governo frente às elites deve servir de parâmetro para fazer também a crítica à continuidade da política econômica e de se posicionar, firme e claramente, contra qualquer tentativa de avançar as reformas políticas prejudiciais à classe trabalhadora, para não permitirmos retrocessos nas conquistas históricas dos trabalhadores”.


 


 


De acordo com o líder sem-terra, um dos grandes legados deixados pelo partido e por aqueles que defenderam a bandeira da foice e do martelo nestes 85 anos de atuação da legenda foi o combate ao poder das elites dominantes. “Nas primeiras cinco décadas de sua existência, culminando com os mártires do Araguaia, mesmo perseguido, reprimido e posto constantemente na ilegalidade, o Partido Comunista do Brasil soube manter uma invejável combatividade às oligarquias brasileiras e em defesa dos interesses do povo brasileiro”.


 


Essa trajetória de lutas, lembrou, “prosseguiu nas jornadas pelo fim do regime militar, pela democratização do país e no embate com o imperialismo norte-americano. Por isso, é uma história de inestimáveis contribuições à luta da classe trabalhadora”


 


 


 


De São Paulo,
Priscila Lobregatte