Taxistas querem concessão sem intermediários

“Nós precisamos nos preocupar com quem dirige dia e noite. Por isso nossa primeira medida é exigir o recadastramento dos taxistas pela IMTU. A segunda solução é mudar a legislação é acabar com as distorções”, informou Marcelo, explicando que o objetivo é que os taxistas que trabalham em sistema de aluguel de concessão tenham o direito de adquirir uma placa própria e passem a trabalhar sem intermediários.

De acordo com a comissão de taxistas, existem 3.908 concessões de táxi regularizadas em Manaus. Destas, três mil são alugadas por empresas para terceiros. O aluguel da placa chega a custar para o trabalhador entre R$ 2 mil e R$ 2.700 por mês. “Nós que dirigimos para sustentar nossas famílias somos prejudicados. O taxista nem pode adoecer porque tem que pagar a diária, tem que garantir o aluguel do carro todos os meses. Tudo que queremos é sair do sistema de exploração”, afirmou um taxista que não quis se identificar por medo de represálias. Com a transferência da concessão para os condutores que já trabalham na área, os taxistas alegam que poderiam adquirir veículos próprios e sairiam da situação irregular de prestadores de serviço.

Segundo o vereador Jorge Maia (PSB/AM), a Câmara Municipal já investigou o assunto e foi comprovada a prática do monopólio. “Foi feito um projeto para que as empresas contratassem os taxistas com carteira assinada e foram encaminhadas várias recomendações. Mas vejo que nada está sendo cumprido”, disse Maia.

Com a mudança da legislação, empresas que possuem um número abusivo de concessões serão punidas e os trabalhadores sairão beneficiados.        De acordo com os taxistas, há empresários que possuem mais de 100 concessões e alugam para terceiros.

De Manaus,
Alethea Morel