Pseudo-movimento protesta contra votação do PCCS do Magistério

Um movimento de professores da rede municipal de Manaus, encabeçado pelos partidos PSTU, PSOL, PT e PFL esteve na Câmara Municipal de Manaus (CMM), ontem (04/05) para protestar contra o atual Plano de Ca

O grupo do Movimento dos Professores de Base formado por cerca de 400 pessoas barraram a entrada do Plenário Adriano Jorge empunhando faixas, cartazes e distribuindo panfletos intitulado “Contra a reeleição dos inimigos dos educadores de Manaus”. O panfleto exibia a foto dos 37 vereadores da Câmara, com destaque para a imagem do vereador Marcelo Ramos (PCdoB/AM).


 


Marcelo Ramos dispara: “O movimento tem nome: é o ‘Movimento a favor do aumento zero’. O trauma deles comigo é que impugnamos a chapa que concorria nas últimas eleições do Sinteam porque eles não estavam sindicalizados”.


 


O Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Amazonas (Sinteam) é o maior sindicato organizado do Estado, com sede em 49 municípios. A atual diretoria eleita em 2005 é composta por militantes do PCdoB. “Esse é um movimento político, não em defesa dos professores. O comando do grupo não está a fim do Plano”, afirma Marcelo a respeito do grupo que não pensa e não discute o PCCS.


 


O ato não passou de um barulho articulado pelos partidos de extrema esquerda PSTU e PSOL, da extrema direita DEM (PFL) e uma ala do PT no Amazonas. “É um direito deles se manifestarem, faz parte do processo democrático. Mas vou desmoralizar essa mentira publicamente”, esclareceu o vereador do PCdoB.


 


A verdade sobre o PCCS


 


Com a aprovação do PCCS os professores da rede municipal passarão a ganhar R$ 926 (nível superior) e R$ 815 (nível médio); incorpora o abono; cria a carreira e a promoção para os professores de nível médio; garante a promoção por merecimento; cria a data-base e com ela a obrigação de reajuste do salário dos profissionais do magistério todos os anos; entre outros.


 


A interpretação do movimento é que o plano vai reduzir os salários, extinguir a Regência de Classe e retirar o piso da Lei Orgânica do Município. Segundo o líder do grupo, Reginaldo Carvalho, o objetivo do ato foi obstruir a votação do Plano que deveria ser votado hoje (03/05) e traz uma ‘série de prejuízos para a categoria’. O movimento promete uma paralisação nas aulas do município para data ainda não agendada.


 


“A regência de classe não foi tirava, mas sim incorporada ao salário. A gente pode qualificar esse plano, só que eles não deixam”, ressaltou Marcelo Ramos.


 


O prazo para apresentar emendas ao PCCS será até o próximo sábado (12/03). Marcelo Ramos irá apresentar três emendas ao Projeto. Pelo regimento interno da Casa só os vereadores podem apresentar emendas, sejam de autoria próprias ou de reivindicação da categoria que pode incorporá-las a um parlamentar.


 


De Manaus,
Cinthia Guimarães