Trabalhadores unidos foram às ruas de BH
A defesa dos direito dos trabalhadores levou as ruas de todo o País milhares de pessoas.
Publicado 24/05/2007 11:01 | Editado 04/03/2020 16:52
O protesto percorreu o hiper-centro da capital até chegar ao Palácio da Liberdade para que o governador Aécio Neves pudesse escutar as manifestações dos trabalhadores. As centrais sindicais e os principais movimentos sociais unificaram pela manutenção do veto à Emenda 3 e a favor de todos os direitos dos trabalhadores. As entidades escolheram esta quarta-feira, 23/05, para organizar atos simultâneos por todos os estados do Brasil.
A lista de reivindicações foi extensa e sob o tema “Nenhum Direito a Menos” os trabalhadores seguiram pelas ruas pelo comando de dirigentes e lideranças sindicais que foi iniciado na fala do presidente do Sindicato dos Professores (Sinpro-Minas), Gilson Reis. “Essa demonstração de unificação dos movimentos é fundamental para que a luta seja vitoriosa”. Estavam presentes representantes estudantis, trabalhadores de todas as áreas, partidos de esquerda e parlamentares envolvidos na luta social. Foi o caso do vereador de Belo Horizonte, Paulão e do deputado estadual, Carlin Moura, ambos do PCdoB.
A Corrente Sindical Classista (CSC), uma das realizadoras do ato, mobilizou caravanas e diversos sindicatos, como o Sindicato dos Vigilantes, Sinpro-Minas, Sindicato dos Metalúrgicos de Betim, Igarapé e Bicas, Sindicato dos Auxiliares de Estabelecimentos de Ensino (SAEE) e o Sindicato dos Servidores Públicos de Nova Lima para reforçar o protesto. Estas entidades sindicais ainda liberaram seus funcionários para participarem da manifestação. O papel decisivo da CSC foi percebido durante todo o ato, com bandeiras, faixas, camisas e intervenções de lideres da Corrente. A dirigente da CUT Nacional e membro da direção da CSC, Celina Arêas enfatizou a importância da manifestação em âmbito federal. “Esses atos estão acontecendo no Brasil inteiro, para que os trabalhadores não tenham nenhum direito a menos” destacou.
O trabalho feito pela Corrente garantiu o sucesso da manifestação. Para mobilizar os trabalhadores integrantes da CSC foram à portarias de fábricas chamando metalúrgicos para a luta. Além de diversas reuniões para organizarem a passeata a Corrente dispôs de sua estrutura para viabilizar a passeata.
Aécio Neves não quer escutar os gritos dos trabalhadores
Em mais uma demonstração de intolerância e criminalização dos movimentos sociais, o governo de Minas barra o acesso a Praça da Liberdade. Foi assim que os manifestantes foram recebidos pela Policia Militar ao mando do governador Aécio Neves. Mesmo sem poderem deixar seu recado em frente ao Palácio que tem cravado em seu nome a Liberdade, os trabalhadores conseguiram finalizar o ato com uma de suas pautas: dizer não as políticas neoliberais do governo Aécio. Já é sabido que o governador não gosta de escutar as denúncias dos trabalhadores sobre seu projeto destrutivo na área social e que em Minas não se respira liberdade de expressão. Essa atitude do governador não esvaziou o protesto que foi um marco na valorização da luta e da força dos trabalhadores.
De Belo Horizonte
Mariana Areas