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Fórum do PCdoB sobre a Questão da Mulher  se reúne pela primeira vez

A reforma política, o desenvolvimento nacional,  as políticas públicas para as mulheres, o combate à violência contra as mulheres e o apoio à posição do governo Lula sobre o aborto – considerado como um problema de saúde pública – foram temas debatid

A reunião ocorreu antes da apreciação, pelo Comitê Central, dos nomes  indicados, durante a 1ª Conferência Nacional sobre a Questão da Mulher, para integrar o Fórum. A antecipação da reunião, de caráter consultivo, ocorreu em função da existência de uma agenda que inclui a preparação da segunda edição da 2ª Conferência Nacional de Políticas para Mulheres (CNPM), convocada pelo governo Lula, que prevê etapas municipais e estaduais até a realização da etapa nacional, em agosto deste ano. Ao lado da preparação da 2ª CNPM, estão as ações relacionadas à reforma política, tema abordado na última reunião da Comissão Política Nacional do PCdoB, ocorrida dia 18.


 


 


Ao tratar da reforma, a adoção da cota de 30% ou a lista intercalada com eqüidade entre homens e mulheres são questões que devem ser discutidas e que estiveram presentes também na primeira reunião do fórum. Tais pontos se reportam a um aspecto relevante quanto à participação das mulheres nos espaços de poder. Isso  porque se constatou que a presença feminina nas instâncias de representação política, sobretudo nas mais elevadas hierarquicamente, permanece baixa.


 


 


Aliás, a conjunção “mulher e poder”  é um dos temas da 2ª CNPM, cuja preparação ocupou parte do debate do encontro. A dirigente nacional do PCdoB, Liége Rocha, e a deputada federal Alice Portugal (PCdoB/BA), foram escolhidas na reunião para integrar o Fórum Multipartidário de Organismos de Mulheres dos Partidos Políticos, que está discutindo a reforma política. 


 


 


A participação das comunistas nas diversas etapas preparatórias e propostas iniciais sobre as posições a serem defendidas na conferência marcaram o debate. Entre os temas relevantes para a 2ª CNPM estão as listas partidárias de candidaturas, o aborto como problema de saúde pública, o combate à violência contra a mulher e o desenvolvimento brasileiro com política para as mulheres, incluindo os direitos no trabalho.


 


 


Vale ressaltar que uma das decisões da 1ª Conferência Nacional do PCdoB sobre a Questão da Mulher, estipulando a eleição de, no mínimo, 30% de mulheres para os comitês Central, estaduais e municipais das capitais e na chapa proporcional do PCdoB em coligação ou em chapa própria devem repercutir nos critérios e na composição das direções nas conferências partidárias do segundo semestre e na definição dos projetos políticos eleitorais para 2008.


 


 


Valorização da militância feminina


Outra decisão tomada durante a reunião foi a publicação, para circular a partir de julho, dos resultados da 1ª Conferência Nacional do PCdoB sobre a Questão da Mulher, maior evento partidário brasileiro sobre o tema e que mobilizou, em seu processo, quase 12 mil militantes de todo o país. Na reunião também foi feita a indicação ao Comitê Central dos nomes de Liége Rocha, Ana Rocha, Julieta Palmeira, Lúcia Rincon e Carol Barbosa para a Coordenação do Fórum Permanente sobre a Questão da Mulher.


 


 


O desenvolvimento de ações voltadas à filiação e à promoção de quadros e capacitação política e teórica de mulheres durante a Campanha de Crescimento e Valorização da Militância desenvolvida pelo partido também foi enfatizada na reunião.  “As conclusões da nossa Conferência motivam desdobramentos em várias áreas e atividades do partido. As mulheres representam 41% do contingente do PCdoB”, analisou Liége Rocha.      


Participaram da primeira reunião do fórum Liége Rocha, Jô Morais, Alice Portugal, Walter Sorrentino, Ricardo Abreu, Ana Rocha, Lúcia Antony, Lúcia Rincon, Julieta Palmeira, Carol Barbosa, Abigail Pereira, Eline Jones, Marta Brandão e Veruska Carvalho.
 



 


 


De Brasília,
Julieta Palmeira