Sem acordo, grevistas podem não divulgar relatórios do BC

Servidores do Banco Central (BC) permanecem em greve, o que ameaça a divulgação de três relatórios da instituição na próxima semana. Nesta sexta-feira (25), após a assembléia que decidiu pela manutenção da greve, diretores do sindicato dos servidores (Sin

“O governo não alterou a sua proposta e, por isso, a greve continua por tempo indeterminado”, disse o diretor de relações externas do Sinal, Paulo de Tarso Calovi. “Com certeza, os serviços serão prejudicados e é bem provável que não haja a divulgação desses relatórios”, completou Calovi.



Na segunda-feira (28), está prevista a divulgação do Relatório de Mercado, que na semana passada já sofreu atraso na  divulgação. Normalmente distribuído por volta das 8h, só foi liberado três horas depois.



Outro texto que pode não ser anunciado é o relatório sobre Política Monetária e Operações de Crédito, previsto para terça-feira (29). O documento mostra o desempenho da política de controle da inflação. O resultado das contas do setor público consolidado, marcado para quinta-feira, com a avaliação do cumprimento da meta de superávit fiscal no primeiro quadrimestre do ano também poderá ser prejudicado.



Na última quinta-feira (24), o BC já não divulgou o relatórios sobre Contas Externas, que trata da entra e saída de moeda estrangeira. Apesar da greve, o BC mantém sem alterações o calendário de divulgação desses relatórios.



De acordo com Calovi, a categoria quer o mesmo tratamento dado aos delegados da Polícia Federal, que conseguiram antecipar para setembro deste ano a primeira parcela de reajuste. A greve teve início no dia 3 de maio e, segundo o sindicalista, conta com a adesão de 90% da categoria. Calovi informou ainda que a assembléia realizada ontem (25), em Brasilia, com a presença de mais de mil pessoas, foi a maior da história do Sinal.