Funcionários do HC param por 48 horas

Nos dias 24 e 25 de maio, a Associação dos Servidores do Hospital das Clínicas – ASHC e o Sindicato dos Funcionários do Hospital das Clínicas – Sin-HC realizaram paralisação de 48 horas para exigir da Superintendência do hospital e do Governo do Estado

Há 12 anos sem reajuste, conseqüência da política de desmantelamento do Estado e arrocho salarial promovida pelos governos do PSDB que se sucedem à frente da administração paulista, os hagaceanos estão lutando por reajuste salarial, por aumento no vale-refeição, por equiparações no tratamento dispensado aos servidores e que são contratados pelas fundações que atuam no HC, acesso à atendimento médico e muitas outras reivindicações.


 


O presidente da ASHC, Gerson Batista diz que “são muitos os exemplos que podem ser citados do desrespeito e descaso com os quais os funcionários são tratados pelo governo e pela superintendência. Depois de muita negociação conquistamos o direito que o servidor, ao procurar por consulta médica, seja atendido em até 5 dias. Mas esse prazo não é cumprido e, muitas vezes, esperamos mais de dois, três meses para conseguir um atendimento médico, isso, porque trabalhamos no maior complexo hospitalar da América Latina”, denuncia Gerson.


 


Outro exemplo da desvalorização dos funcionários é o valor de R$ 4,00 do vale-refeição, “um verdadeiro desrespeito, já não dá mais nem para dizer que esse é um vale-coxinha, até para comer um salgado e um refrigerante R$ 4,00 não dá”, diz o presidente da ASHC.


 


A paralisação de 48 horas reuniu mais de 500 funcionários. Além da concentração na Praça da Tristeza, os funcionários fizeram mutirões nos departamentos, distribuíram mais de 20 mil panfletos explicando os motivos da paralisação e várias reuniões nos departamentos do HC.


 


“Nossa luta não vai parar por aqui. Vamos continuar, ao lado de outras categorias que estão se mobilizando, denunciado a política de miséria e desrespeito que o governador José Serra está aplicando”, avisa Gerson Batista.