Chico Lopes e Mariano Freitas buscam apoio para as Casas de Segurança

Reforçar o apelo de apoio do Estado ao projeto “Casa da Segurança”, que vem ajudando a diminuir os índices de violência na Regional I da Prefeitura de Fortaleza. Com esse objetivo, o deputado federal Chico Lopes e o secretário da SER I, Mariano Freitas, p

No encontro, Mariano Freitas deu detalhes do projeto implantado a partir de 2005, no início da atual gestão da SER I, que compreende importantes áreas de Fortaleza, como a Barra do Ceará, o bairro Carlito Pamplona e o corredor da Avenida Sargento Hermínio. “Quando chegamos à administração da Regional, o grande clamor que encontramos na população foi na área de segurança pública. Concebemos então o projeto 'Casa da Segurança', realizado em parceria com a Polícia Militar e o Governo do Estado, e tivemos um retorno muito bom, tanto por parte dos policias participantes, quanto principalmente da população, que ganhou de volta tranqüilidade para usufruir importantes espaços públicos”, avalia Mariano Freitas, citando o Pólo da Barra do Ceará, que reúne a cada domingo cerca de 40 mil banhistas, e o Pólo de Lazer da Av. Sargento Hermínio como exemplos de áreas em que os índices de ocorrências criminais diminuíram visivelmente.



Mariano explicou que para a implantação do projeto, a SER I bancou a construção de seis imóveis, para sedir as Casas da Segurança. “São casas de 30 metros quadrados, com toda a infra-estrutura para acolher os policiais em serviço, oferecendo-lhes banheiros, chuveiros e leitos para pernoite de até quatro policiais, quando necessário. As casas possuem também uma pequena área de custódia e são localizadas em pontos estratégicos, indicados pela própria Polícia, como as áreas de maior índice de ocorrências”, detalha o titular da Regional I, citando que três das seis Casas da Segurança se encontram em pleno funcionamento desde o início do projeto – aquelas localizadas na Barra do Ceará, na Av. Sargento Hermínio e na Praça da Vila Velha. “Desses pontos, os policiais chegam mais rápido às ocorrências, colocando em prática o princípio de segurança comunitária e obtendo resultados muito bons, com um investimento relativamente baixo, em torno de R$15 mil para a construção de cada casa”, destaca.



TRÊS CASAS AGUARDAM FUNCIONAMENTO – A audiência desta segunda-feira com o secretário de Segurança, Roberto Monteiro, serviu justamente para pleitear que as demais três Casas da Segurança – localizadas na Av. Leste-Oeste (em frente à Escola de Aprendizes Marinheiros), no bairro Carlito Pamplona (em frente à praça principal) e no Padre Andrade (nas proximidades do Colégio Dom Hélder Câmara) – também passem a receber efetivo policial. “A experiência tem sido muito positiva. Foi uma inovação que tivemos na Regional I, e deu tanto certo que, nas assembléias do Orçamento Participativo nas demais Regionais de Fortaleza, a comunidade está cobrando recursos para fazer Casas da Segurança também nos outros bairros”, ressalta Mariano Freitas.



Já o deputado federal Chico Lopes parabenizou a iniciativa da Regional I e enfatizou ao secretário de Segurança a necessidade de o projeto ser colocado em prática em nível integral. “É curioso observar que um médico, como o Mariano, conseguiu implantar um programa eficiente em uma área tão delicada quanto a segurança pública. É uma experiência que deve ser estimulada e analisada com atenção, agora que a segurança vem tendo tanto debate, inclusive com o projeto Ronda do Quarteirão, que nós apoiamos”, afirmou Chico Lopes.



RESPOSTA – Em resposta ao apelo feito por Chico Lopes e Mariano Freitas, o secretário de Segurança Pública, Roberto Monteiro, tomou nota das localidades onde se encontram as Casas da Segurança que ainda esperam por efetivo funcionamento. E se comprometeu a disponibilizar o efetivo necessário, tão logo seja possível, citando atuais dificuldades de pessoal, inclusive com cessão de homens para os trabalhos de segurança dos Jogos Pan-americanos no Rio de Janeiro.



“No município de Barbalha, a comunidade, com o dinheiro dela mesma, construiu uma casa assim, e a Polícia não ocupou. Sempre digo que projetos desse tipo precisam ser precedidos de um contato entre a comunidade e a instituição policial”, frisou Roberto Monteiro, complementando: “No caso desse projeto em Fortaleza, os senhores fizeram inteiramente correto: em comum acordo com o Estado e a Polícia. Agora, as casas têm obrigação de serem ocupadas”.



De Fortaleza, Dalwton Moura