Veja o que muda no Brasil e na mídia com o rádio digital
O Brasil está prestes a entrar em uma nova era com a introdução dos sistemas de rádio digital, que podem trazer mais qualidade ao som nas transmissões AM e FM, melhor cobertura, além de agregar outros conteúdos junto com o áudio enviado pelas emissoras.
Publicado 02/08/2007 20:30
A mudança, no entanto, pode demorar até dez anos – período em que as emissoras manteriam suas operações analógicas em paralelo com a transmissão de sinais digitais (a exemplo do que acontecerá com a TV digital). Rádios atuais, no entanto, não terão mudanças com a introdução dos sinais digitais.
Atualmente, 16 emissoras de rádio AM e FM operam em caráter de teste – entre elas a Rádio Eldorado, do Grupo Estado. Outras 30 rádios pediram autorização à Anatel, mas ainda não iniciaram testes.
O sistema europeu, o Digital Radio Mondiale (DRM), em ondas curtas (OC), será analisado pela Radiobrás, mas os testes ainda não começaram. A falta de testes, no caso brasileiro, faz com que o setor considere que ainda é cedo para fazer definições.
Mesmo assim, o Brasil deve ser o quarto país do mundo a adotar rádio digital, atrás dos Estados Unidos, Canadá e México. Quando o sistema estiver operando, os aparelhos serão capazes de receber informações adicionais junto com a programação em áudio, incluindo outros conteúdos (um menu pode indicar dados gerais em texto, como previsão de tempo, cotações, qual é o conteúdo que está sendo exibido, etc), e até imagens.
Em fase de testes
Mas a mudança pode exigir investimentos das transmissoras. Segundo a Aesp (Associação das Emissoras de Rádio e Televisão do Estado de São Paulo), o custo de migração de cada emissora ficará entre US$ 50 mil e US$ 150 mil, conforme seu estado técnico atual.
O modelo de rádio digital a ser adotado no país deve ser anunciado até setembro pelo Conselho de Rádio Digital, apesar de os testes com as tecnologias disponíveis, norte-americana e européia, ainda não terem sido totalmente concluídos.
Segundo informações da Agência Brasil, portaria publicada no Diário Oficial em 14 de março estabeleceu um prazo de seis meses (até 14 de setembro) para que o conselho consultivo apresente o relatório final, com a decisão sobre o modelo a ser adotado.
Saiba o que muda com a introdução do rádio digital no Brasil:
– Melhor qualidade no áudio: A rádio AM passa a ter qualidade de FM; a rádio FM terá som de CD.
– Maior abrangência: rádios poderão ter uma cobertura de amplitude nacional, se for a vontade da emissora.
– Flexibilidade: com o sinal digital, alguns aparelhos receptores poderão pausar programação ao vivo ou ainda voltar o programa desejado ou música para o seu início.
– Novos conteúdos: nos Estados Unidos, onde já há um serviço em operação, ouvintes recebem, junto com a programação normal, informações gráficas sobre clima ou trânsito.
Da Redação, com informações da Agência Estado