Divisão garante competição entre atletas com deficiência
Os atletas que irão participar dos Jogos Parapan-Americanos do Rio de Janeiro estarão divididos de acordo com a sua capacidade física e competitiva. Todos eles passaram por uma classificação funcional, que coloca os atletas com deficiências semelhantes em
Publicado 07/08/2007 15:35
Os números de classes são determinados de acordo com o respectivo esporte e possíveis habilidades funcionais em atletas com diferentes deficiências. Um atleta que compete em dois ou mais esportes deve receber uma classificação diferenciada para cada um.
A necessidade de troca de classe deve ser revista constantemente com base nas diferenças funcionais e na performance. Ou seja, quando um atleta começa a competir, ele recebe uma classe que pode ser revista ao longo de sua carreira seja em função de uma deficiência regenerativa ou mudança de parâmetros.
Um exemplo disso é o fato ocorrido em maio deste ano, quando o atleta paraolímpico brasileiro Clodoaldo Silva ganhou o direito de voltar a competir com atletas da classe S4, como fazia sete anos atrás.
No ano passado, após um protesto da Espanha, durante o Mundial de Natação, Clodoaldo havia sido reclassificado para a classe S5, para atletas com menor grau de comprometimento.
Segundo o CPB, na maioria dos esportes, o comitê de classificação é composto por três profissionais da área de saúde: médico, fisioterapeuta e professor de educação física. As regras de classificação são parte das regras técnicas do esporte.
A classificação do esporte paraolímpico é dividida em classificação oftalmológica para deficientes visuais e classificação funcional para deficientes físicos. Cada esporte determina seu próprio sistema de classificação, baseado nas habilidades funcionais e identificando as áreas que afetam o desempenho para a performance do esporte escolhido.
Por exemplo, no atletismo, são feitos testes de força muscular, de coordenação e testes funcionais. A classificação é composta por uma letra e um número. As letras são F, que corresponde a field (campo, em inglês) e T, de track, que quer dizer pista em inglês. Os números têm categorias específicas para cegos, paralisados cerebrais, cadeirantes, anões e amputados.
As classificações são as mesmas para homens e mulheres, mas os pesos dos equipamentos utilizados no arremesso de peso e nos lançamentos de dardo e disco são adaptados de acordo com a classe de cada atleta.
Já no basquetebol, cada atleta é classificado de acordo com seu comprometimento físico-motor. A escala obedece aos números que vão de 1 a 4,5, sendo que quanto maior a deficiência, menor a classe. O número máximo de pontuação dos atletas em quadra não pode ultrapassar 14.
No tênis de mesa, os atletas são divididos em 11 categorias diferentes, também seguindo a lógica de que quanto maior o número da classe, menor é o comprometimento físico-motor do atleta.