Mutirão do Passe-livre mobiliza estudantes de Campinas

O ato foi chamado em defesa de uma série de bandeiras do movimento estudantil. No panfleto de divulgação, a Entidade posiciona-se em defesa do Passe-livre para todos(as) os estudantes, pela retomada da Casa do Estudante (sede da UCES), pela instalação de uma Escola Técnica Federal em Campinas, por merenda em todas as escolas para todos os períodos, por livros didáticos para todas as matérias, pela criação do Conselho Municipal de Juventude e por mudanças no PDE. Também posiciona-se contra a redução da maioridade penal e a homofobia.

O presidente da UCES, Carlos Henrique (Cacau) considerou que o resultado foi positivo. ''Foi o primeiro ato da nova diretoria da UCES e o mais importante foi conseguirmos mobilizar os estudantes em favor do Passe-livre e das várias bandeiras juvenis'', afirma. Arthur Herculano, tesoureiro-geral da UPES (União Paulista dos Estudantes Secundaristas), considerou que o ato foi uma grande vitória dos estudantes. ''Foi importante também porque os estudantes de Campinas se incorporam à jornada de luta em defesa da educação pública e porque vão se criando raízes no movimento estudantil'', avalia.

A manifestação foi tranqüila, mas houve um incidente com a Polícia Militar. Enquanto os estudantes estavam se mobilizando para sair da Escola Newton Pimenta em direção à região central, policiais da Ronda Escolar jogaram gás de pimenta para tentar dispersar os jovens. Apesar da dispersão inicial, a ação aumentou o vigor e a disposição dos alunos.

À noite, a Entidade pretende realizar mais uma atividade na região do Ouro Verde (região sudoeste). O objetivo é mobilizar os estudantes para uma manifestação no terminal rodoviário..

De Campinas,
Agildo Nogueira Jr.